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Ministério da Saúde registra 13 casos confirmados de coronavírus no País e 768 suspeitos. No Rio Grande do Sul são 112 casos

Julio Henrique Rosa Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde, apresenta os dados. (Foto: Reprodução/Twitter)

O Ministério da Saúde divulgou em coletiva de atualização de dados, nesta sexta-feira (6), que há 13 casos confirmados de coronavírus no País e 768 suspeitos. No Rio Grande do Sul são 112. Ao todo já foram descartados 418 casos após investigação laboratorial.

No mundo já são 95.333 casos confirmados, 3.282 óbitos e 85 países com registros de casos.

“Na segunda-feira deveremos editar novas medidas de reforço para a atenção primária, como a abertura em horários estendidos e o chamamento de médicos do programa Mais Médicos”, anunciou o ministro Luiz Henrique Mandetta sobre ações do Ministério da Saúde para preparar o SUS para o coronavírus.

Um dos novos casos foi registrado na Bahia. Uma mulher de 34 anos, residente da cidade de Lauro de Freitas, que teve o diagnóstico depois de viagem pela Itália, onde passou pelas cidades de Milão e Roma. Embora esteja assintomática, ela se encontra isolada em casa, sob observação das autoridades de saúde.

Os outros quatro novos casos foram identificados em São Paulo, totalizando dez pacientes com o vírus no estado. Completam a lista um no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo. No Distrito Federal um teste acusou a infecção, mas a secretaria de saúde ainda aguarda a contraprova.

Avaliação

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que o País não fará mais a definição de casos suspeitos pela origem do paciente, passando a considerar todas as pessoas vindas de voos da América do Norte, Europa, Ásia e Austrália. No caso da América do Sul e África, o cuidado pode ocorrer caso um país vire foco do vírus.

“Nexo internacional facilita muito a classificação de suspeitos e excluídos. No momento que qualquer viagem internacional nos últimos 14 dias fica mais fácil classificar o indivíduo. Isso produz mais eficiência para o sistema”, argumentou o diretor do departamento de imunização e doenças transmissíveis da pasta, Júlio Croda.

Repetindo o que havia afirmado após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro pela manhã, o titular da Saúde adiantou que, embora não seja possível prever com exatidão, a perspectiva é que em breve haja o começo de transmissão comunitária, quando não é possível identificar a cadeia de transmissão e o primeiro infectado. Essa condição torna a investigação e o combate mais complexos, uma vez que não permite mais mapear as pessoas que entraram em contato com indivíduos infectados.

Atendimento

Mandetta considerou que agora uma das preocupações é com o atendimento. Isso porque a infecção tem caráter prolongado, o que ocupa profissionais e leitos hospitalares. Por isso, a orientação é que procurem as unidades de saúde pessoas com sintomas da contração do vírus.

“É um quadro clínico arrastado, quando internam em hospitais, pacientes permanecem por período prolongado. Não rodam os leitos. É diferente de gripe, em que pessoa fica de cama 2, 3 dias. Este momento é das pessoas evitarem o hospital. Se conseguirmos trabalhar hospital para quem necessita, acho que temos condições de atravessar com números de leitos que precisamos”, recomendou.

Medidas

A partir dessa avaliação, o Ministério da Saúde anunciou que pretende agilizar a habilitação dos leitos. O procedimento consiste em reconhecer aqueles em funcionamento e iniciar o pagamento pelos serviços envolvendo esses recursos. A equipe da pasta informou que vai dialogar com secretarias estaduais para facilitar os retornos e medicação de pacientes com doenças crônicas para liberar profissionais e estrutura de atendimento.

Na segunda-feira (9), deverá ser editada uma norma regulamentando o isolamento domiciliar. “Mantemos recomendação para que pessoas com quadro gripal que é melhor perder dia de trabalho, mas que pessoas tomem medidas de autocuidado em relação a sua saúde respiratória. Nós temos orientado para que aquelas unidades de trabalho que possam fazer uso de trabalho em casa, usem”, acrescentou o ministro.

Será montado um comitê com o TCU (Tribunal de Contas da União) para avaliar os procedimentos de contratação e aquisição de insumos de forma flexibilizada em razão da demanda. Já a campanha de imunização contra a gripe está mantida para início no dia 23 de março em todo o País, começando com públicos-alvo, como gestantes, crianças e idosos.

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