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Ministério da Saúde vai republicar nota sobre efetividade da vacina contra o coronavírus

Pasta prevê adquirir mais 10 milhões de doses de Coronavac, garantindo a quantidade necessária para primeira e segunda dose. (Foto: Divulgação)

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (25) que vai republicar uma nota técnica da SCTIE (Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos) que foi criticada por sugerir que a hidroxicloroquina tem efetividade no combate à Covid-19 e a vacinação, não.

De acordo com a pasta, a nota técnica tem como objetivo fundamentar a decisão sobre as diretrizes terapêuticas para o tratamento contra a Covid-19. A republicação da nota será feita para “promover maior clareza no conteúdo e evitar interpretações equivocadas, como a de que a decisão critica o uso das vacinas Covid-19”.

A mudança na nota deve ser publicada no Diário Oficial da União, mas não vai alterar a deliberação que já foi divulgada, que barrou as recomendações da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde).

A comissão contraindicou o uso de medicamentos que compõem o chamado “kit Covid”, como a hidroxicloroquina. Na nota da secretaria, havia uma tabela com as propostas de enfrentamento à Covid-19 e as recomendações para o tratamento da doença.

Nela, o órgão do ministério dizia que a hidroxicloroquina tem efetividade em estudos controlados e randomizados, e que existiria a demonstração de segurança em estudos experimentais e observacionais. Ainda na tabela, constava a informação que as vacinas não atendem a esses requisitos.

Na questão sobre se há demonstração de efetividade e estudos de controlados e randomizados, para a cloroquina, a resposta era “sim” – e, para a vacina, a resposta era “não”. A mesma coisa ocorreu na questão sobre a segurança do medicamento e da vacina. No final da tabela, a pasta dizia que as sociedades médicas recomendam a vacina e não recomendam a cloroquina.

As menções favoráveis à cloroquina e críticas à vacina contrariam as avaliações de estudos científicos, de entidades médicas e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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