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Brasil Ministério Público denuncia padre por importunação sexual e estupro de vulnerável em Minas Gerais

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Padre é suspeito de assediar ex-funcionária de colégio em Santa Luzia (MG). (Foto: Reprodução)

O Ministério Público denunciou o padre José Carlos Pereira por estupro de vulnerável e importunação sexual contra quatro mulheres que trabalhavam no colégio São Benedito, onde ele era diretor, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O documento foi divulgado na última semana.

O texto ainda pede o agravante pelo fato de que José Carlos Pereira usava de sua autoridade hierárquica para, supostamente, cometer os abusos. A denúncia é assinada pela promotora Danielle Angélica Polastri de Mendonça.

O padre também é dono de outro colégio e uma faculdade em Santa Luzia, além de comandar a Paróquia São Benedito. A Arquidiocese de Belo Horizonte afastou o religioso das atividades na igreja durante as investigações.

A Polícia Civil concluiu o inquérito no dia 28 de abril e enviou o documento ao Ministério Público, que ofereceu a denúncia no dia 5, último.

A Cúria Metropolitana afirmou que o padre segue afastado das atividades e informou que, além do processo civil, a igreja conduz um processo canônico “em busca da verdade e da justiça”. O padre não foi localizado pela reportagem para comentar o caso.

Relembre o caso

O homem foi apontado, em outubro do ano passado, por mulheres que trabalharam na instituição de ensino em que ele é dono. As vítimas contaram que o padre chegou a beijá-las à força. Uma vítima disse que o religioso sempre se aproximava às sextas-feiras com alguma forma de assédio ou importunação.

Uma outra vítima, que chegou a ser batizada pelo padre quando ainda criança e que também estudou no colégio dele, contou que sempre percebeu falas de mau gosto, porém os abusos físicos começaram depois. Ela trabalhou na escola por cinco anos.

Denúncias

No dia 11 de novembro de 2021, o g1 Minas mostrou que havia subido para 11 o número de vítimas que denunciam o padre José Carlos Pereira, suspeito de importunação sexual e assédio sexual, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No dia 5 de novembro, cinco mulheres haviam procurado a polícia.

Elas prestaram depoimento na manhã do dia 11 de novembro na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da cidade.

Os depoimentos começaram por volta das 9h e várias vítimas se reconheceram na delegacia, da época que frequentavam a igreja. Elas ficaram surpresas de terem passado por abusos parecidos e sofrido sozinhas, em silêncio.

À época, uma mulher, vítima do padre, falou para a imprensa da importância de registrar a denúncia.

“Representa um senso de justiça. Eu estando aqui formalizando esta denúncia, representa justiça por mim e por todas essas novas vítimas que já apareceram e que vão aparecer ainda, com certeza”, disse uma das vítimas à reportagem.
Ela contou também que começou a ser assediada no início da adolescência.

“Quando eu tinha por volta de 12, 13 anos, eu trabalhava na casa paroquial. E ele na época ainda não era padre. E ele chegava perto da gente, ficava abraçando, escorregava a mão pelo seio. E muitas vezes, eu tirava a mão dele. Mas depois, eu comecei a achar estranho. No início, eu achava que era acidente. Depois, eu comecei a ficar desconfortável e, por fim, eu comecei a segurar a mão dele. Eu trabalhei na casa paroquial por uns três meses e saí de lá”, relatou.

Uma outra vítima, que também prestou queixa contra o padre, contou que está sendo difícil reviver o trauma, que marcou para sempre sua vida.

“A gente frequentou a igreja a vida inteira. E ele, com o tempo, mesmo a gente mais nova, ele tinha a mania de sempre sentar a gente no colo, ficar fazendo carinho. A mão deslizava pra onde não devia. Isso era um abuso. Só que as pessoas têm medo de denunciar, de falar alguma coisa, até de morrer”, contou.

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