Domingo, 15 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2020
Considerado serviço essencial, o setor de carnes não parou as atividades em meio às medidas de isolamento social
Foto: Divulgação/AbiecMais de 60 frigoríficos em 11 Estados brasileiros, entre eles o Rio Grande do Sul, estão na mira do MPT (Ministério Público do Trabalho), que vai avaliar as condições de trabalho nesses locais durante a pandemia do novo coronavírus.
Considerado serviço essencial, o setor de carnes não parou as atividades em meio às medidas de isolamento social impostas por Estados e municípios e costuma ter aglomeração de pessoas na linha de produção. Com isso, há a preocupação de que a Covid-19 possa se espalhar entre esses profissionais.
A continuidade da produção de alimentos foi um pedido do Ministério da Agricultura ao governo para que o abastecimento do País não fosse comprometido, bem como as exportações do setor, que rendem bilhões de dólares.
“Há uma imensa preocupação do MPT com os trabalhadores de frigoríficos diante das características científicas evidenciadas da forma do contágio e da realidade de como é exercido o trabalho no setor”, explica o procurador Lincoln Cordeiro.
O MPT vai avaliar 61 unidades de processamento de bovinos, aves e suínos. Elas não tiveram seus nomes divulgados por conta do sigilo das ações. O número de unidades inspecionadas pelos procuradores equivale a 13,7% dos 446 frigoríficos que existem no Brasil, segundo dados do Ministério da Agricultura. São 145 procedimentos, surgidos a partir de denúncias ou de iniciativas dos próprios procuradores.