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Política Ministério Público Eleitoral em Goiás requereu à Polícia Federal que abra inquérito sobre promoção de carnes nobres por 22 reais o quilo

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Caso deve ser investigado como "propaganda eleitoral análoga à de boca de urna com arregimentação de eleitores". (Foto: Reprodução)

O Ministério Público Eleitoral solicitou à Polícia Federal que abra um inquérito para apurar possível crime eleitoral praticado pelos gestores do “Frigorífico Goiás”, com a realização de promoção batizada “picanha mito” para vender carnes nobres por R$ 22 o quilo, em alusão ao candidato à reeleição Jair Bolsonaro, durante o primeiro turno das eleições neste domingo (2). Ela acabou suspensa por ordem do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás.

De acordo com o MP, deve ser investigado como “propaganda eleitoral análoga à de boca de urna com arregimentação de eleitores; divulgação de propaganda de partido político ou de seu candidato; e a publicação de conteúdos nas aplicações de internet no dia das eleições”. O procurador regional Eleitoral auxiliar José Ricardo Teixeira Alves, autor da requisição feita à PF, ainda vê possível crime de ‘dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção’, previsto no Código Eleitoral.

O pedido foi feito na segunda-feira (3), um dia após o primeiro turno das eleições, mesmo dia em que a Procuradoria acionou o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás para que o cantor sertanejo Gusttavo Lima e a Casa de Carnes Frigorífico Goiás sejam condenados ao pagamento de multa de R$ 20 mil por propaganda eleitoral irregular.

A representação, apresentada ao TRE, está ligada ao uso, em maio, de um helicóptero totalmente adesivado nas cores verde e amarelo, com a mensagem “Bolsonaro Presidente”. A empresa que figura no polo passivo da ação é a mesma que recebeu ordem da Corte regional eleitoral no domingo, 2, para suspender a promoção de carnes nobres por R$ 22 o quilo.

Ainda com relação à representação, a avaliação do procurador regional Eleitoral auxiliar José Ricardo Teixeira Alves é a de que, com o sobrevoo do helicóptero adesivado em uma motociata de Bolsonaro em Goiânia, em maio, foi feita propaganda eleitoral ‘por meio de plotagem em aeronave privada, com claro efeito “outdoor” e em período vedado’.

“O Frigorífico Goiás e Gusttavo Lima são responsáveis pelo ilícito eleitoral. O primeiro como proprietário do helicóptero e o segundo como cantor de fama nacional e internacional que cedeu sua imagem à empresa e dela fez uso extensivo nas circunstâncias do caso”, diz Teixeira.

O MP argumenta que, ‘o efeito visual de outdoor pressupõe um engenho publicitário de dimensão razoável, com grau de sofisticação no material empregado, além de ser fixado em locais públicos de grande fluxo de pessoas’. Para o órgão, o adesivo do helicóptero em questão tem ‘nítida conotação eleitoral, por veicular em meio proscrito o nome de um pretendente a cargo no ano das eleições, sobretudo pelo apoio público e notório do cantor Gusttavo Lima ao atual presidente’.

“Embora o texto não contenha pedido explícito de voto, o apelo eleitoral é franco e deliberado, diante da evidente intenção de influenciar na formação de vontade dos eleitores, visando às Eleições de 2022”, pondera Teixeira.

O MP Eleitoral de Goiás informou que tomou conhecimento sobre o helicóptero pivô da ação ainda em maio, com a informação de que a aeronave totalmente adesivada estava no heliponto da loja Frigorífico Goiás, no setor Sul de Goiânia. Segundo a Promotoria, a lei eleitoral só permite a adesivação em veículos e janelas residenciais quando a peça tem até meio metro quadrado.

Com as imagens do helicóptero em mãos, o MP chegou a cobrar explicações do cantor sertanejo e da empresa. Gusttavo Lima informou que, à época, ele e o frigorífico tinham um um contrato de uso de imagem, que posteriormente foi rescindido. Já a aeronave acabou transferida para outra empresa em agosto, diz o MP.

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