Quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de julho de 2024
Agentes buscam mais provas relacionadas à lavagem de dinheiro proveniente das rifas ilegais.
Foto: MPRS/DivulgaçãoO Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, deflagrou nesta sexta-feira (12), em Santa Catarina, a Operação Rifa$. A ação cumpre mandados de busca e apreensão no litoral catarinense contra um casal de influenciadores digitais gaúchos, investigado por lavar cerca de R$ 2 milhões após a promoção de rifas virtuais ilegais e possíveis fraudes nas redes sociais.
Agentes buscam mais provas relacionadas à lavagem de dinheiro proveniente das rifas ilegais, que prometiam prêmios em dinheiro e bens de alto valor que não foram entregues às vítimas. O promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, destaca que dois veículos de luxo foram sequestrados, além da apreensão de munição e uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro. Devido ao armamento encontrado, a influenciadora digital foi presa em flagrante.
Segundo o promotor, o objetivo das buscas também é recolher documentos, mídias sociais, celulares, entre outros itens, para se obter uma dimensão exata dos crimes praticados e valores obtidos pelo casal. Flávio Duarte também conseguiu da Justiça o bloqueio de valores e a indisponibilidade de bens dos investigados e de terceiros vinculados aos fatos apurados.
O MPRS não divulgou as identidades dos alvos da operação, mas reportagens confirmam que são Nego Di e a mulher dele. Em nota, os advogados Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula afirmam que não tiveram acesso aos autos do inquérito.
Nota da defesa
“A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados.
Esclarecemos ainda que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno, conforme o devido processo legal. A defesa reitera a importância do princípio da presunção de inocência e solicita que quaisquer informações sejam divulgadas com responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais.
Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula”
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