Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2022
O MPF argumenta que Silvinei fez uso indevido do cargo e pediu votos irregularmente para Bolsonaro
Foto: Valter Campanato/Agência BrasilO MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro pediu o afastamento do diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, por 90 dias.
O órgão argumentou que Silvinei fez uso indevido do cargo e pediu votos irregularmente para o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
“A vinculação constante de mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de comunicação e rede social privada, mas aberta ao público em geral, tudo facilmente acessível na internet, sempre associando a própria pessoa do requerido à imagem da instituição PRF e concomitantemente à imagem do chefe do Poder Executivo federal e candidato à reeleição, denotam a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçada sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais”, afirmou o MPF.
Um inquérito aberto pela PF (Polícia Federal) investiga blitzes da PRF no dia do segundo turno das eleições. Contrariando determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que transportavam eleitores. A corporação alegou que fiscalizou questões técnicas dos veículos, como condições de pneus.
Também é alvo de investigação a conduta de Silvinei diante dos bloqueios ilegais de rodovias, promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro depois que ele foi derrotado pelo ex-presidente Lula (PT). O MPF aponta que há indício de omissão da PRF por motivos políticos.