Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2017
O Conselho Superior do MPF (Ministério Público Federal) prorrogou nesta terça-feira (25), por mais seis meses, a duração da força-tarefa de procuradores da República que atuam na Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro.
Com a medida, uma equipe de procuradores continuará dedicada exclusivamente às investigações em território fluminense dos casos de corrupção revelados a partir da Lava-Jato. A operação foi deflagrada em Curitiba (PR), em março de 2014, mas se espalhou pelo País na medida em que os investigadores começaram a desfiar o novelo de corrupção que atuava na estatal do petróleo.
Os principais focos do MPF no Rio de Janeiro são as irregularidades cometidas na Eletronuclear e a propina que movimentou a administração do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). A prorrogação dos trabalhos manterá os procuradores Eduardo Gomes, José Augusto Simões, Rodrigo Timóteo da Silva, Rafael dos Santos e Sérgio Dias à frente das investigações da Lava-Jato no Estado.
Boas-vindas
Na abertura da sessão desta terça do Conselho Superior do Ministério Público, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, parabenizou a subprocuradora Raquel Dodge, que foi indicada pelo presidente Michel Temer para sucedê-lo na chefia da Procuradoria-Geral da República. Em sua fala, Janot disse que atuará para uma transição “clara”, que permita a continuidade dos trabalhos no Ministério Público.
Após ser sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado em 12 de julho, Raquel Dodge teve seu nome aprovado pelo plenário principal da Casa. A futura procuradora-geral da República assumirá comando da PGR em setembro, quando termina o mandato de Janot.
Primeira mulher à frente do Ministério Público, ela vai herdar do antecessor a condução das investigações da Operação Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), que investiga políticos com foro privilegiado. Na fala dirigida a Raquel Dodge, Janot disse ainda que tem “as melhores expectativas” com relação ao trabalho da nova procuradora-geral.
“Gostaria de parabenizar colega Raquel Dodge pela indicação ao cargo de procuradora-geral da República. Será a primeira mulher a comandar o Ministério Público. Temos as melhores expectativas, conhecemos o trabalho e desejamos todo sucesso para o mandato que se inicia em 18 de setembro. Quero reafirmar que a Procuradoria-Geral da República se põe à disposição da nova administração para transição mais clara, objetiva e que permita a continuidade dos trabalhos do Ministério Público Federal”, afirmou Janot.
Raquel Dodge
Indicada pelo presidente Michel Temer no mês passado, Raquel Dodge será a primeira mulher a ocupar o cargo e terá mandato de dois anos à frente da PGR (podendo ser reconduzida). O mandato do atual procurador-geral, Rodrigo Janot, termina em setembro. (AG)