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Ministério Público rebate acusações de omissão na pandemia

A situação da pandemia despertou em Aras o desejo de adotar uma postura mais ostensiva de defesa de sua gestão. (Foto: Rousinei Coutinho/STF)

A cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) preparou um material listando todas as ações tomadas pelos órgãos no enfrentamento à pandemia da covid-19.

O documento seria uma resposta a procuradores que disputaram a lista tríplice para comandar o Ministério Público Federal (MPF) e acusam Augusto Aras, o procurador-geral da República, de se omitir durante a maior crise sanitária dos últimos tempos. Aras teria ficado chateado com as acusações e fez questão de elencar as ações adotadas, consideradas prioridade no MPF.

O documento lista 47 ações adotadas nos últimos meses, dentre as quais estão reuniões com o Ministério da Saúde e com entidades ligadas à saúde. Além disso, existem quatro produtos desenvolvidos e de execução contínua ligados ao CNMP, como o Sistema DestCovid, que consolida as informações acerca da destinação de recursos resultantes da atuação do Ministério Público no enfrentamento à pandemia de covid-19.

Números apresentados pela subprocuradora-geral da República Célia Regina Delgado, coordenadora do GIAC (Gabinete Integrado de Acompanhamento à Epidemia do Coronavírus), apontam que o MPF instaurou 2251 procedimentos extrajudiciais e 10.855 judiciais.

“O entrosamento entre a CES/CNMP e o MPF foi fundamental para buscarmos a participação dos membros do Ministério Público numa atuação coordenada e integrada dos trabalhos”, afirma a subprocuradora.

A situação da pandemia despertou em Aras o desejo de adotar uma postura mais ostensiva de defesa de sua gestão. O PGR, inclusive, ensaia diversos eventos pelos estados para mostrar dados e números da PGR para promotores e procuradores da base.

Interlocutores e conselheiros defendem junto à Aras que certas percepções da carreira na verdade não refletem o pensamento majoritário do MP em relação ao PGR, mas que ganham repercussão em veículos de comunicação por ativismo de alguns setores.

Pessoas próximas ao PGR apostam que o contato direto com as bases poderá fornecer um contraponto àqueles que pensam por conta própria e não vivem unicamente de informações geradas em listas de transmissão.

De acordo com um interlocutor, “Aras tem números e argumentos que serão facilmente assimilados pela base do Ministério Público quando expostos diretamente pelo dirigente máximo da instituição”.

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