A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta quarta-feira (17) que o governo federal deve realizar o CNPU (Concurso Público Nacional Unificado) a cada dois anos para recompor o quadro de servidores públicos de todos os ministérios.
“Ao longo deste e dos outros anos, vamos contemplar outros ministérios que não estão nessa primeira leva. A gente foi priorizando áreas que estavam muito desfalcadas e que não tiveram concursos recentes. A nossa expectativa é que o concurso seja de dois em dois anos para suprir toda a demanda”, afirmou a ministra no programa “Bom Dia, Ministra”.
Conhecido como “Enem dos concursos”, o CNPU vai selecionar, de uma só vez, 6.640 servidores para 21 órgãos públicos federais (órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional). As inscrições estarão abertas entre 19 de janeiro e 9 de fevereiro.
Esther Dweck afirmou que o intervalo de dois anos entre as duas provas é necessário por toda a logística que envolve o desenvolvimento e aplicação das provas. Além disso, o concurso que será aplicado neste ano tem validade de um ano prorrogável por mais um.
“A gente só está conseguindo fazer esse processo num período de seis meses, entre a decisão e a realização, por conta do que a gente tem do Enem. O Enem foi uma grande escola de aprender fazer provas nesta dimensão e toda expertise está sendo aplicada no Concurso Nacional Unificado”, disse.
A prova do dia 5 de maio será aplicada em 220 cidades, localizadas em todas as Unidades da Federação, com questões objetivas específicas e dissertativas por área de atuação. O MGI (Ministério da Gestão e Informação) estima que o concurso unificado receba de 2 milhões a 3 milhões de inscritos.
Segundo a ministra, a escolha dessas cidades foi estratégica para permitir uma maior participação da população brasileira e trazer diversidade para o serviço público.
“Com esse concurso a gente vai ter uma burocracia com a cara do Brasil, com cada vez mais diversidade, com pessoas que possam discutir novas políticas públicas. São 220 cidades com quase 95% da população brasileira que está até 100 km de distância desses locais. Fica mais fácil para todo mundo fazer a prova”, apontou Dweck.
O Ministério deve divulgar até o fim da semana uma parceria com o Banco do Brasil e os Correios para disponibilizar agências de atendimento nas 220 cidades onde as provas serão aplicadas para que a população com dúvidas ou sem acesso à internet possa se inscrever no CNPU.
A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será no dia 3 de junho. Os resultados finais serão anunciados em 30 de julho. Em 5 de agosto terá início a etapa de convocação para posse e realização de cursos de formação.