Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2020
Tereza Cristina garantiu abastecimento do produto nas prateleiras.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilA ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta quinta-feira (10) que o governo tomou as medidas necessárias para tentar conter a alta no preço do arroz e evitar um desabastecimento do produto nas prateleiras dos supermercados.
“As medidas que podiam ser tomadas, foram tomadas, para fazer a estabilidade e o equilíbrio para esse produto”, disse em um vídeo publicado em suas redes sociais.
“O Brasil abriu mão, tirou a alíquota de importação, para que produto de fora pudesse entrar e trazer um equilíbrio para os preços. Abrimos somente uma cota, porque não temos necessidade de muito arroz, mas isso é uma cota de reserva, para que possamos ter a tranquilidade de que o preço vai voltar, vai ser equilibrado, e que o produto continuará na gôndola para todos os brasileiros”, acrescentou.
Taxa de importação
Na quarta-feira (9), a Camex (Câmara de Comércio Exterior), vinculada ao Ministério da Economia, decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado. A isenção tarifária valerá até 31 de dezembro deste ano.
A redução temporária está restrita à cota de 400 mil toneladas, incidente sobre o arroz com casca não parbolizado e arroz semibranqueado ou branqueado, não parbolizado, de acordo com a NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul).
Até então, a TEC (Tarifa Externa Comum) aplicada sobre o produto era de 12%, para o arroz beneficiado, e 10% para o arroz em casca, válida apenas para países de fora do Mercosul. Dentro do bloco econômico regional, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, a tarifa é de importação já é zero.
Alta nos preços
Desde o início do ano, o preço do arroz acumula alta de mais de 21,2% nas prateleiras, segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados).
De acordo com o Cepea/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo), o preço da saca de 50 kg de arroz, vendido pelo produtor, variou mais de 107% nos últimos 12 meses, chegando próximo a R$ 100.
Os motivos para a alta são uma combinação da valorização do dólar frente ao real, o aumento da exportação e a queda na safra. Em alguns supermercados, o produto, que custava cerca de R$ 15, no pacote de 5 kg, está sendo vendido por até R$ 40.
Muitas pessoas estão comentando sobre o preço do arroz e a possibilidade de desabastecimento. Fiquem tranquilos, não há risco de faltar arroz. Quanto ao preço,informo que o valor deverá recuar, em breve,com as medidas tomadas pelo @govbr @jairbolsonaro. O @Mapa_Brasil está atento pic.twitter.com/Te3GuY87bN
— Tereza Cristina (@TerezaCrisMS) September 10, 2020