Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2024
“Saímos de uma pandemia onde as regras das políticas públicas ficaram muito frouxas”, disse Tebet
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilA ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que será necessária uma “modernização das políticas públicas” para que o governo alcance o déficit fiscal zero em 2026. Entre as medidas, ela citou a avaliação de coberturas e integração de programas sociais, modernização das vinculações de benefícios e análise da efetividade dos subsídios e gastos tributários.
O governo federal terá que fazer um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias para cumprir a meta de déficit zero em 2025. Para isso, a equipe econômica está fazendo uma revisão de gastos com programas sociais. Segundo Tebet, é um pente-fino em fraudes, erros e desperdícios.
“Saímos de uma pandemia onde as regras das políticas públicas ficaram muito frouxas”, disse. “E, com isso, em 2023 e 2024, nós conseguimos cortar, sem tirar direito de ninguém que precisa, quase R$ 12 bilhões do Bolsa Família. Para o ano que vem, o presidente Lula nos deu um cheque a menos, ‘vocês têm autorização para cortar R$ 25,9 bilhões para que tenhamos meta zero’. O que eu posso atestar é que isso é suficiente para zeramos o déficit fiscal no ano que vem, mas não será suficiente para 2026”, ressaltou a ministra durante o evento Expert XP, em São Paulo, no sábado (31).
De acordo com a ministra, o Congresso Nacional e o Poder Executivo precisarão rever gastos públicos em questões mais estruturantes. A estratégia do Ministério do Planejamento e Orçamento é definir essa nova revisão para o segundo semestre no ano que vem, visando o Orçamento de 2026.
“Temos muitas políticas públicas que estão mirando o mesmo objetivo e, às vezes, até temos sombras de penumbras, temos vácuos, alguns espaços que não estão sendo cobertos. Isso, que é a integração das políticas públicas, está no nosso cardápio. Da mesma forma, a gente está falando de modernização das vinculações”, afirmou Tebet.