Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de março de 2024
Em relação ao cumprimento da meta de déficit fiscal zero em 2024, Tebet disse estar “até mais otimista do que estava no passado”
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilA ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o BC (Banco Central) não pode encarar uma taxa de juros em torno de 9% ao ano como limite para o atual ciclo de afrouxamento monetário. “Não pode ser o piso”, disse Tebet, ao ser questionada se vê esse índice como o mínimo a que a autoridade monetária conseguiria chegar em 2024.
Em março, o BC cortou a taxa básica de juros pela sexta vez seguida em 0,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano. Na última reunião, porém, o Copom (Comitê de Política Monetária) indicou claramente apenas mais um corte de 0,5 ponto e sinalizou um ritmo de queda menor.
“À medida em que a inflação está menor do que estava no passado, é óbvio que dá [para cortar mais], sob pena de continuarmos tendo os maiores juros reais do mundo”, afirmou Tebet em entrevista divulgada nesse sábado (30) pela CNN Brasil.
Segundo ela, o governo tem dado mostras reiteradas de compromisso com a sustentabilidade das contas públicas e com a segurança jurídica, o que daria lastro às futuras decisões do BC.
“Não pode ser o piso. O que mudou? Só pode ser o piso se, a partir do segundo semestre, dermos [a equipe econômica] outros sinais que nós não estamos dando. O BC não está analisando só os preços de alimentos e a inflação. O BC está de olho também na política fiscal do governo”, acrescentou a ministra, reiterando que é a favor da independência da autoridade monetária.
Em relação ao cumprimento da meta de déficit fiscal zero em 2024, a ministra disse estar “até mais otimista do que estava no passado”.