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Política Ministra Rosa Weber diz que o Supremo vai seguir “firme e vigilante” na defesa da democracia

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A ministra também apresentou um balanço de ações de sua gestão e ressaltou que vai encerrar seus 47 anos de magistratura ao se aposentar no fim de setembro

Foto: Rosinei Coutinho/STF
Desde a aposentadoria de Rosa Weber, em setembro, o presidente Lula ainda não indicou um substituto. (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

Na reabertura dos trabalhos do STF (Supremo Tribunal Federal), a presidente da Corte, Rosa Weber, afirmou nessa terça-feira (1º) que a Corte seguirá firme na defesa intransigente da democracia.

A ministra também apresentou um balanço de ações de sua gestão e ressaltou que vai encerrar seus 47 anos de magistratura ao se aposentar no fim de setembro. A presidente da Corte citou os atos extremistas do dia 8 de janeiro e defendeu que é preciso conviver com divergências para fortalecer ainda mais a democracia. Segundo Rosa Weber, o Supremo segue “firme e vigilante” na defesa do Estados Democrático de Direito.

“As instituições sobrepairam aos indivíduos que as compõem. Elas que importam. As instituições saíram fortalecidas do dia 8 de janeiro, dia da infâmia. Não vamos esquecer para que sirva de alerta de que a democracia seja cultivada e regada diariamente com diálogo debate acalorado de ideia, defesa de respeito mútuo para que ela, democracia, continue inabalável”, afirmou.

Rosa Weber deixa a Corte no dia 28 de setembro. Ela tem que se aposentar compulsoriamente até o dia 2 de outubro, quando completa 75 anos. Ao reabrir os trabalhos após o recesso de julho, a ministra destacou que lançou a primeira Constituição traduzida para a língua indígena e também retomou os chamados mutirões carcerários para enfrentar a superlotação.

Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras, também pediu para se manifestar e ressaltou que “essa fala talvez seja aquela que posso fazê-lo antes da minha despedida, em 26 de setembro vindouro”. Aras já está em seu segundo mandato no comando da PGR e é cotado para um terceiro mandato por uma ala do PT, mas enfrenta resistências.

Aras também destacou a defesa da democracia pelo Ministério Público e ressaltou que segue uma linha “garantista”. “Podemos discordar, mas sem incorrer em crimes. Ratificamos solidariedade todos os membros desta corte que foram vítimas de ataques e agressões e por isso adotamos providências para apurarem responsabilidades”, afirmou em discurso.

“O MP reafirma seu compromisso com a defesa do Estado democrático de direito e com nossa visão garantista e republicana, que respeita harmonia dos poderes”, ressaltou o PGR.

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