Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 3 de março de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente Lula se finge de morto diante das denúncias graves contra seu ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do Maranhão de Flávio Dino (Justiça). Chamado na oposição de “Chave de Cadeia”, já foi denunciado por crimes como desvio de verba pública, abuso de poder, uso irregular de jato da FAB e agora responderá na Procuradoria Geral da República por tráfico de influência. Lula prometeu na campanha que denúncias assim seriam investigadas com rigor e sem demora. Anrã.
Carteirada suspeita
Denúncia à PGR diz que o ministro Juscelino Filho esteve pessoalmente na Codevasf para traficar influência em favor da empreiteira Engefort.
Vias da vergonha
As acusações começam com a destinação de dinheiro público para pavimentar estrada que beneficiou propriedade da família do ministro.
Voos fantasmas
Juscelino Filho também foi acusado de prestação de contas fajutas de dinheiro do Fundo Eleitoral em supostos aluguéis de helicóptero.
Boi na linha
O ministro foi flagrado usando avião da FAB para comparecer a evento privado: uma exposição de gado no interior de Minas.
‘Jurista’ do TCU foi quem ‘anulou’ a Lei das Estatais
O governo Lula se baseia em voto criativo do ex-senador Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), para sepultar a Lei das Estatais, que veda por três anos, na direção de estatais, políticos com mandato e pessoas que tenham participado de campanha eleitoral. Casos do senador Jean Paul Prates na Petrobras e de Aloizio Mercadante no BNDES. Adepto de Lula e sem qualificação de “jurista”, Vital do Rêgo chegou ao TCU indicado por tipos como Renan Calheiros (MDB-AL).
Pareceu combinado
A opinião bizarra de Vital do Rêgo decorre de “consulta” do vice Geraldo Alckmin convenientemente ao TCU. Mas só o STF tem essa prerrogativa.
Nos conformes
Mercadante está impedido, mas o aliado Vital do Rêgo opinou que se não foi remuneração, como se alega, tudo bem. A lei não prevê isso.
Tudo dominado
Se a Lei das Estatais fosse cumprida, outros petistas deveriam ser barrados, como Edegar Pretto (Conab) e Ênio Verri (Itaipu-Binacional)
Discurso de atraso
Além de tentar desqualificar o desempenho da Petrobras, que lucrou mais de R$ 188 bilhões, Lula não esconde velho preconceito da esquerda brasileira, uma das mais atrasadas do mundo: acha todo lucro criminoso.
Discurso de ódio
O presidente Lula (PT) continua no palanque fazendo discursos raivosos contra seu antecessor. Disse que o crescimento de 2,9% foi “um nada”. Ele deveria dizer o que achou dos dois anos de Dilma com PIB de -3,6%.
Constrangedor
Economista-chefe da Genial, José Márcio Camargo ironizou no canal BandNews o ataque colérico de Lula contra o fabuloso desempenho da Petrobras em 2022, último ano de Bolsonaro: “É o representante do acionista majoritário reclamando do lucro da empresa!”.
Sucesso brasiliense
O Banco BRB, de Brasília, chegou aos 7 milhões de clientes, a maior carteira da história da instituição. Cresceu mais de 1.000% desde 2018, governo Rollemberg (PSB), quando não passu de 600 mil correntistas.
Um caminho
Para o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida, seria agora um “momento maravilhoso” para privatizar a Petrobras e vender os contratos da outra estatal do petróleo, a PPSA, e “devolver o dinheiro ao povo”.
Mais embaixo
Nikolas Ferreira (PL-MG) convocou coletiva da oposição para cobrar a instalação da CPMI do Dia 8. Mas o jovem deputado, campeão de votos, foi atropelado por velhas raposas do Congresso. Não conseguiu falar.
Ninguém é de ferro
Com semana reduzida, com menos sessões deliberativas, a vida dos deputados federais segue muito boa. Nesta quinta (02), antes mesmo das 14h30, tudo já estava encerrado, a maioria voando a seus estados.
Ainda rende
O ressentido senador Marcos do Val (Pode-ES), flagrado pelo site Diário do Poder aos abraços com o senador Davi Alcolumbre (união-AP), republicou o registro com áudio para negar a alcunha de “traidor”.
Diz aí
Lula precisa começar a explicar como atrair investimentos e gerar empregos, como diz, com seu discurso raivoso contra investidores.
PODER SEM PUDOR
Armação nas alturas
Candidato ao governo gaúcho, Antônio Britto viajou a Brasília e, na volta, deu carona a Germano Rigotto no jatinho que usava. Rigotto resolveu brincar. Disse que, em Vacaria, Britto teve boa votação em 1986, mas, em 1990, não. Candidato a federal, Rigotto superou do jornalista lá. Britto riu, olhou pela janela do avião e viu as luzes de uma cidade. “É Vacaria”, anunciou Britto. “Como é que você sabe? Desta altura, todas as luzes são iguais”, desdenhou Rigotto, sorrindo. O piloto confirmou que era Vacaria. “Viu? Conheço as cidades onde tenho votos até dessa altura”, espezinhou Britto.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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