A quebra do sigilo bancário e o bloqueio de contas de empresários que apoiam o governo do presidente Jair Bolsonaro, autorizados pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O grupo é investigado por defender uma suposta ruptura institucional caso o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, seja eleito em outubro.
A PF (Polícia Federal), no entanto, não pediu a quebra do sigilo bancário nem o bloqueio de contas dos investigados. Após apresentar os fatos que motivavam a ação, o delegado Fábio Alvarez Shor solicitava apenas a “busca e apreensão de aparelhos celulares” dos empresários denunciados.
Randolfe, que é um dos coordenadores da campanha de Lula, enviou a petição à Corte no dia 17 de agosto. Ele se baseou em uma reportagem do portal Metrópoles que denunciou a suposta defesa de um golpe de Estado. A matéria citou mensagens trocadas pelos empresários em um grupo de WhatsApp.
Entre os pedidos do senador, apenas as prisões preventivas não foram aceitas. Moraes divulgou na segunda-feira (29) a decisão que autorizou a operação contra os empresários.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no dia 23 de agosto em cinco Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Os alvos foram: Afrânio Barreira Filho, Ivan Wrobel, José Isaac Peres, José Koury, Luciano Hang, Luiz André Tissot, Marco Aurélio Raymundo e Meyer Joseph Nigri.