O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira (12), que uma junta médica oficial avalie as condições de saúde do ex-deputado federal Roberto Jefferson. A avaliação médica servirá para Moraes decidir se mantém a prisão preventiva de Jefferson, que está no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro.
A decisão do ministro seguiu parecer enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo para a avaliação do estado de saúde de Jefferson. No documento, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo, pede que o ex-deputado seja avaliado por uma junta médica oficial.
“Não se pode olvidar da periculosidade do réu por todos os atos praticados, porém, sem uma análise profunda de sua capacidade comportamental por uma junta médica oficial e psiquiátrica, não é possível, neste momento, o oferecimento de um parecer a respeito do pedido da defesa”, disse.
Conforme os advogados, Roberto Jefferson precisa de tratamento médico adequado fora da prisão. Segundo os defensores, ele já perdeu cerca de 16kg.
O ex-presidente do PTB está preso desde outubro do ano passado por oferecer resistência armada ao cumprimento do mandado de prisão decretado por Moraes. O mandado foi expedido depois que Jefferson publicou um vídeo na internet no qual ofendeu a ministra Cármen Lúcia com palavras de baixo calão.
Na ocasião, o ex-deputado disparou ao menos cerca de 50 vezes e arremessou três granadas contra quatro policiais federais que foram cumprir um mandado de prisão expedido por Alexandre de Moraes. Dois agentes ficaram feridos. Foram apreendidas armas, carregadores e mais de 8 mil munições. Em função do episódio, ele foi indiciado pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio e virou réu.