Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 10 de agosto de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Após a visita técnica ao Rio Grande do Sul desde terça-feira, encerrada ontem, o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, fez um balanço sobre as informações que recolheu nos municípios da Serra. Ele retornou ontem para Brasília. Augusto Nardes é relator dos processos que envolvem o repasse de recursos federais para a área da defesa civil do programa Recupera Rio Grande. Nesta visita técnica, o Ministro e os técnicos do TCU buscaram informações sobre o repasse de recursos que está sendo feito pelo Governo Federal, o montante real do que está chegando às cidades e como está sendo feita a aplicação. Ele visitou desde terça-feira as cidades de Carlos Barbosa, Bento Gonçalves, Farroupilha, Caxias do Sul e Gramado. Ontem, reuniu-se com lideranças rurais na Farsul, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, sendo recebido pelo seu presidente, Gedeão Pereira, e outros dirigentes.
Ministro do TCU diz que “reconstrução será um processo complicado”
O ministro do TCU conversou com o colunista e foi enfático ao afirmar que “o Rio Grande do Sul tem que ter um tratamento especial por parte do Governo Federal”. Augusto Nardes, com base no acompanhamento que tem feito, projeta que “a reconstrução vai ser um processo bastante complicado e a Governança pode ajudar muito. Nas cidades onde a Governança já havia sido implantada o impacto foi menor. Houve avaliação de riscos, prevenção. Já visitei outras cidades aqui no Rio Grande para avaliar os prejuízos e as ações de enfrentamento. O povo da minha terra, o gaúcho, tem fibra e vai vencer mais esta etapa”.
Governador de Santa Catarina, Jorginho Melo sobre o Governo Federal: “A gente manda 100 e recebe 10”
Criticado pelo presidente Lula por não participar de uma solenidade de entrega de obras em rodovias federais no seu estado, o governador de Santa Catarina, Jorginho Melo (PL), que participava da reunião da 11ª edição do Cosud (Consórcio Integrado do Sul e Sudeste) no Espírito Santo, disse que esteve representado pela vice-governadora Marilisa Boehm. Para Jorginho Melo, as críticas do presidente “são problema dele, não quero ser desrespeitoso”. Jorginho criticou o fato de que “Santa Catarina é o Estado que recebe pouco do governo federal pelo que nós representamos. A gente manda 100 e recebe 10. Isso sempre foi prejuízo para Santa Catarina”, e disse que a obra inaugurada em seu Estado “está atrasada há 12 anos e é uma obra de uma concessionária, não do Governo Federal”.
Mourão afirma que “o Rio Grande do Sul não pede esmola”
O Senador gaúcho Hamilton Mourão falou ontem para produtores rurais, na abertura oficial da 24ª Feira Nacional do Arroz (Fenarroz), e criticou a lentidão do Governo Federal na liberação de recursos para o Estado. O senador recordou que “o governo, ao qual eu servi com muito orgulho, durante a pandemia fez uma expansão fiscal de 700 bilhões de reais para que a economia do País não parasse. Quanto é necessário agora? 80 bilhões? 100 bilhões? O Governo Federal tem que fazer isso! E é nossa responsabilidade, minha responsabilidade como senador da República, eleito com voto das senhoras e dos senhores, de pressionar diuturnamente”.
Mourão mandou um recado ao presidente da República: “O governo Federal é o único ente que tem a capacidade de socorrer o Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul não pede esmola! O nosso estado só precisa de ter o crédito necessário para que tenha condições de produzir, de recuperar a terra que foi tão brutalmente destruída pela catástrofe climática”, afirmou.
A polêmica dos presentes dos ex-presidentes
O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou uma das polêmicas da semana: a questão dos presentes recebidos por ex-presidentes da República após o Tribunal de Contas da União decidir que Lula não precisaria devolver um relógio Cartier que recebeu de presente: “Todos os presentes recebidos por mim estão na PF (Polícia Federal), CEF ou depósito. Os da Dilma Rousseff, que estavam num galpão do MST no Rio Grande do Sul, foram levados pelas enchentes, ACREDITE. Os recebidos por Lula, 11 contêineres, estão por aí”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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