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Ministro da Agricultura mudou de ideia e veio para a Expointer

Ministro da Agricultura mudou de ideia e veio ao Estado para a abertura oficial da 47ª Expointer no Parque Assis Brasil, em Esteio. (Foto: Divulgação/Mauricio Tonetto/Palácio Piratini)

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reviu a decisão de não comparecer à solenidade de abertura oficial da Expointer. Na véspera, o ministro havia alegado que não conseguiu jatinho da FAB ou passagem aérea para vir ao Estado. Porém, diante da repercussão negativa, mudou de ideia e conseguiu chegar a Esteio a tempo de participar da solenidade. O simples fato de cogitar não vir para a solenidade demonstrou que Carlos Fávaro não percebeu a dimensão desta feira, realizada graças a um esforço excepcional dos gaúchos, reunindo produtores e o poder público para recuperar o parque Assis Brasil, severamente atingido pelas enchentes iniciadas em maio.

Prorrogação das dívidas avança para 8 anos

Ao reunir-se com lideranças do setor rural, o ministro da Agricultura conseguiu trazer um avanço para o impasse de alguns pontos nas medidas de ajuda anunciadas pelo Governo Federal. É o caso do pagamento de dívidas dos produtores rurais afetados pela cheia no Estado. A Federação da Agricultura do Estado (Farsul), defendia prorrogação das dívidas por 15 anos, dois anos de carência e 3% de juro ao ano. O governo, segundo Carlos Fávaro, conseguiu autorizar a prorrogação por sete anos, mais um ano de carência. Até terça-feira, o Conselho Monetário Nacional vai publicar uma resolução definindo as condições.

Beneficiados dentro ou fora da mancha?

Persiste uma reivindicação para que as medidas consigam beneficiar produtores de fora da chamada “mancha”, a área de georrefêrencia das enchentes. Esta autorização, beneficiando produtores “fora da mancha” que foram atingidos, segundo sinalizou o ministro, deverá ser incluída na medida que o Conselho Monetário Nacional deverá publicar na próxima semana.

Alexandre de Moraes recua e volta a liberar o Starlink

Após determinar o bloqueio de VPNs no Brasil, e a aplicação de multa de R$ 50 mil ao dia para cada usuário que utilizasse a rede privada virtual, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal voltou atrás e liberou ontem o Starlink. Antes, o magistrado havia determinado o bloqueio dos aplicativos e sites de virtual private network, que poderiam dar acesso ao X mesmo após a suspensão da rede social no país. Pelo menos duas razões devem ter levado o ministro Alexandre de Moraes ao recuo da decisão precipitada:

– A dificuldade em identificar usuários de VPNs que utilizam o Starlink, para aplicar a multa.

– Mantido o bloqueio, se instalaria um caos nas Forças Armadas, que utilizam o Starlink em muitas operações estratégicas.

Além disso, todos os caixas eletrônicos usam uma VPN entre eles e os bancos. Todas as empresas com acesso remoto, com trabalho remoto, utilizam VPN, inclusive os tribunais.

Senador Mourão vê “pseudodemocracia” no Brasil

O senador Hamilton Mourão (Republicanos) disse ontem que o ministro Alexandre de Moraes, “ao decidir tirar o X do País, toma a mais torpe, abusiva e anticonstitucional decisão já produzida no Brasil”. Segundo Mourão, “os demais ministros e o Congresso Federal não podem se calar, pois se assim o fizerem serão cúmplices deste lastimável episódio da pseudodemocracia brasileira”.

Embaixada dos EUA emitiu notas de preocupação com democracia na Venezuela e no Brasil

A embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu nos últimos dias duas notas manifestando preocupação com a democracia em dois países da região: Venezuela e Brasil. No dia 23, a embaixada comentou que o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela decidiu que Nicolás Maduro venceu a eleição presidencial de 28 de julho contra Edmundo Gonzalez, candidato da oposição democrática. Essa decisão não tem credibilidade, segundo a embaixada, dada a evidência esmagadora de que Gonzalez recebeu a maioria dos votos em 28 de julho.

Ontem, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou que está “monitorando” a situação entre o X (antigo Twitter) e o Supremo Tribunal Federal do Brasil, ressaltando que “a liberdade de expressão é um pilar fundamental em uma democracia saudável”.

(flaviopereira@pampa.com.br)

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