Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de janeiro de 2025
Rui Costa afirma que redução de alíquota valerá para todos os produtos que estiveram mais baratos no mercado internacional na comparação com o interno.
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO ministro Rui Costa (Casa Civil) afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo avalia reduzir alíquotas para conter a alta no preço dos alimentos. Uma reunião com o presidente Lula nesta sexta debateu medidas para mitigar a inflação.
“Se os preços desses produtos no mercado internacional estiverem mais baixos do que no mercado nacional, isso será rapidamente analisado e a alíquota de importação desses produtos será reduzida. Ou seja, os produtos que estejam com o preço interno maior do que o preço externo, nós atuaremos na redução de alíquota para forçar o preço a vir pelo menos para o patamar internacional”, disse Costa.
O ministro acrescentou que “não terá subsídio, supermercado estatal, fiscal do Lula nem alimento sendo vendido fora do prazo de validade”. Costa disse ainda que os preços dos alimentos “se formam no mercado e não artificialmente” e que as expectativas para 2025 são “positivas” em função do aumento da produção de alimentos. O ministro também negou a possibilidade de “congelamento” de preços.
“A convicção do governo brasileiro é que os preços se formam no mercado, não são feitos artificialmente”, disse Costa. “Para 2025, as expectativas são extremamente positivas de uma supersafra e isso fará com que tenha uma maior oferta que vai levar a um menor preço. Há uma expectativa forte, a Conab também apresentou dados de crescimento bastante robusto na safra desse ano.” Arroz terá crescimento de 13%, feijão de 5%, e a safra em geral em torno de 8%.
Segundo Costa, Lula pediu aos ministros um “foco maior” na definição de políticas para o setor.
“Nós também vamos dialogar com o mercado, vamos fazer reuniões com produtores para ter sugestões de como reduzir preços, aumentar produção. Vamos chamar as redes de supermercados e os frigoríficos grandes e médios para que possamos dialogar com o mercado medidas de estímulo da produção.”
O ministro acrescentou que a inflação em 2024 foi provocada pela pressão do cenário externo: “Foi apresentado um quadro onde se apresentou uma influência muito forte de preços de produtos que os economistas chamam de commodities, café, soja, milho, laranja, são preços que são definidos no mercado internacional pela variação histórica dos preços”, disse Rui Costa. “Portanto é um cenário que não tem a ver com a economia brasileira, tem a ver com os preços internacionais dessas commodities”, completou o ministro.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que Lula pediu a ele e ao titular do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que continuem com as políticas de estímulo de produção de alimentos.
“O segundo esforço é concentrar as medidas nos alimentos que compõe a cesta básica do brasileiro e aumentar a produtividade do pequeno produtor”, completou Teixeira.
Participaram da reunião com Lula os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura).
(As informações são do jornal O Globo)