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Ministro da Defesa de Israel diz que ataque ao Irã será “letal” e “surpreendente”

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse ainda que “quem atacar Israel será prejudicado e pagará um preço”. (Foto: Reprodução)

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou nesta semana que a retaliação contra o Irã será “letal, precisa e, acima de tudo, surpreendente”. Segundo a agência de notícias Associated Press, os comentários ocorreram durante visita na quarta-feira (9) a uma unidade de inteligência israelense.

“Eles não entenderão o que aconteceu e como. Eles verão os resultados”, acrescentou Gallant. As falas do ministro da Defesa foram realizadas horas depois de uma ligação entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Joe Biden, para alinhar informações sobre a ofensiva israelense contra o Irã.

Gallant disse ainda que “quem atacar Israel será prejudicado e pagará um preço”. Os comentários sinalizam também uma escalada das tensões na região.

De acordo com o jornal The Times of Israel, chefe de equipe das Forças de Defesa de Israel (IDF, em inglês), tenente-general Herzi Halevi, afirmou que o exército israelense continuará os ataques contra o Hezbollah, no Líbano, e que “não permitirá qualquer trégua ou recuperação” do grupo militante.

Decisão

O gabinete de segurança de Israel não chegou a uma decisão sobre como responder ao ataque de mísseis do Irã após discussões sobre o assunto, disse uma autoridade à CNN nessa sexta-feira (11). As lacunas entre as posições dos EUA e de Israel estavam diminuindo, acrescentou a autoridade.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a retaliação de Israel ao bombardeio de mísseis iranianos de 1º de outubro deve ser “proporcional”.

Enquanto isso, o Irã prometeu apoiar seus grupos aliados “conforme necessário” e dando suporte “fortemente a resistência”, disse o ministro das Relações Exteriores do país, Abbas Araghchi, à Al Jazeera em uma entrevista exibida na quinta-feira (10).

Sanções

Em outra frente, os Estados Unidos ampliaram nessa sexta-feira (11) as sanções contra os setores de petroleiro e petroquímico do Irã, em resposta ao ataque com mísseis iraniano contra Israel no início de outubro. Agora, qualquer pessoa ou empresa relacionados a esses setores da economia iraniana serão alvos de sanções, informou o governo Biden.

A medida anunciada pelo Departamento do Tesouro dos EUA adiciona o setor de petróleo e petroquímico a uma ordem executiva existente que visa setores-chave da economia do Irã, com o objetivo de negar ao governo os recursos financeiros necessários para apoiar seus programas nuclear e de mísseis.

“Esta ação intensifica a pressão financeira sobre o Irã, limitando a capacidade do regime de gerar receitas energéticas essenciais para desestabilizar a região e atacar parceiros e aliados dos EUA”, disse o Tesouro americano em comunicado.

“As novas designações de hoje também incluem medidas contra a ‘Frota Fantasma’ que transporta o petróleo ilícito do Irã para compradores ao redor do mundo”, disse Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.

Com isso, o Departamento do Tesouro designou 16 entidades e identificou 17 embarcações como propriedades bloqueadas, citando seu envolvimento no transporte de produtos de petróleo e petroquímicos iranianos em apoio à Companhia Nacional de Petróleo do Irã, segundo o comunicado do órgão americano.

As 16 entidades bloqueadas nessa sexta são de diferentes países: Malásia, China, Hong Kong, Ilhas Marshall, Panamá, Libéria, Suriname, Índia e Emirados Árabes Unidos.

Segundo Sullivan, as medidas “ajudarão a negar ainda mais ao Irã os recursos financeiros usados para apoiar seus programas de mísseis e fornecer suporte a grupos terroristas que ameaçam os Estados Unidos, seus aliados e parceiros.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, da CNN e da agência de notícias Reuters.

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