Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de março de 2021
Guedes disse que só deixará o cargo se Bolsonaro perder a confiança nele
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (02) que a tentativa de “empurrar custo” para gerações futuras é “o caminho da miséria, da Venezuela e da Argentina”.
Ele deu a declaração ao defender a adoção de contrapartidas para novos gastos governamentais. Guedes também defendeu a aprovação da proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC Emergencial.
A equipe econômica vê a aprovação da PEC Emergencial como uma maneira de viabilizar os pagamentos de uma nova rodada do auxílio emergencial. A PEC cria uma série de dispositivos que buscam evitar o desequilíbrio fiscal e que devem ser acionados sempre que os gastos públicos ultrapassarem determinados limites.
Desde o início deste ano, governo e Congresso discutem maneiras de criar algum tipo de compensação nas contas públicas para os gastos com o auxílio. Para Guedes, a conta não pode ser postergada em forma de dívida pública.
“Tentar empurrar o custo para outras gerações, juros começam a subir, acaba o crescimento econômico, endividamento em bola de neve, confiança de investidores desaparece. É o caminho da miséria, da Venezuela, da Argentina”, declarou o ministro.
O presidente Jair Bolsonaro disse, na semana passada, que o novo auxílio emergencial deve ser de quatro parcelas de R$ 250. O objetivo é ajudar trabalhadores informais afetados economicamente pela pandemia de Covid-19.
Permanência no governo
O ministro afirmou que só deixará o cargo se Bolsonaro perder a confiança nele. “Se eu tiver conseguindo ajudar o Brasil, fazendo as coisas que eu acredito, eu devo continuar, a ofensa não me tira daqui, o medo, o combate, o vento, a chuva, isso não me tira daqui de jeito nenhum. O que me tira daqui é a perda da confiança do presidente, ir para o caminho errado”, disse em entrevista ao podcast Primocast.