Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2020
Segundo Guedes, as privatizações são uma estratégia para melhorar as contas públicas
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (06) que o governo irá propor, em até 60 dias, as privatizações de três ou quatro grandes empresas públicas.
“Eu acho que o Congresso estará ao nosso lado. O presidente estará nos ajudando com a coordenação política”, declarou. Porém, Guedes não citou os nomes das empresas que devem ser vendidas.
Segundo o ministro, as privatizações são uma estratégia para melhorar as contas públicas e o perfil da dívida pública. Esses dois indicadores pioraram por conta dos gastos extraordinários com a pandemia do novo coronavírus.
“Temos menos tempo, perdemos um ano em termos de espaço fiscal, mas ganhamos milhões de vidas, a economia continuou com os sinais vitais preservados. Então, estou dizendo que o Brasil vai surpreender o mundo de novo. No ano passado, passamos uma reforma difícil [Previdência] e vamos surpreender neste ano, porque estávamos votando as propostas”, declarou o ministro.
Questionado sobre a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) prevista para 2021, Guedes estimou uma alta de 3% a 3,5% no período. O mercado financeiro estima uma expansão de 3,5% para a economia brasileira no próximo ano.
“Mas não gosto de previsões. O que podemos fazer é atuar como um bom jardineiro. Só podemos cuidar do jardim e esperar que as borboletas venham. Acho que o Brasil vai voltar logo, talvez mais cedo do que muitos países avançados”, afirmou.
O ministro da Economia disse que o Brasil vai “surpreender o mundo de novo” e lembrou que, no ano passado, foi aprovada a reforma da Previdência. “O Congresso é pré-reformas e nos dará apoio. Estou otimista com o que acontecerá neste ano”, declarou.
Guedes informou que o governo buscará aprovar no Congresso, em até duas semanas, o marco legal do gás natural. De acordo com o ministro, as novas regras promoverão “choque de energia barata” na economia brasileira.