O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou ontem (3), em entrevista ao jornal“ Valor”, que textos didáticos de História serão revistos para que as crianças “possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história”. Na declaração, citou como exemplo o golpe militar de 1964, que, para ele foi constitucional. “Foi a votação no Congresso, uma instância constitucional, quando há a ausência do presidente. Era a Constituição da época e foi seguida à risca. Houve uma mudança de tipo institucional, não foi um golpe contra a Constituição da época, não”, disse.
Vélez ainda afirmou que é função dos historiadores fazerem “a reconstituição desse passado para realmente termos consciência do que fomos, do que somos e do que seremos”, e que, com a revisão, os livros didáticos teriam mudanças progressivas. “O papel do MEC é garantir a regular distribuição do livro didático e preparar o livro didático de forma tal que as crianças possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história”, pontuou.
Próximo da 00h de hoje (4), o ministro comentou a polêmica em sua conta no Twitter, tentando suavizar o que falou à Valor. “O que disse ao Valor foi que mudanças poderiam ser realizadas progressivamente, trazendo uma versão mais ampla da História, e só após passar por uma banca de cientistas da área. Doutrinação como foi feito pela esquerda, jamais!”, esclareceu.