Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2020
Na terça-feira, o ministro Weintraub disse no Twitter que iria fazer uma consulta aos inscritos no Enem para saber se os estudantes são favoráveis ao adiamento
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeriu nesta quarta-feira (20) que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2020 seja adiado por 30 a 60 dias.
“Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias. Peço que escutem os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame”, escreveu ele em sua conta no Twitter.
Na noite de terça-feira (19), o Senado aprovou, por 75 votos a 1, o adiamento da prova por tempo indeterminado em razão da pandemia do novo coronavírus. O tema ainda precisa passar pela Câmara. Dos 76 votos registrados, o único contrário ao adiamento do exame foi o do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.
Nesta manhã, ao deixar o Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que vai esperar as discussões na Câmara dos Deputados antes do tomar uma decisão sobre a adiamento, e destacou que pretende ouvir quem vai fazer a prova.
“Adiar para quando? Opinião minha, primeiro vamos deixar o que diz a Câmara, os parlamentares. Uns querem adiar, outros não. Vamos esperar um pouquinho mais, está um pouquinho cedo”, respondeu a uma pessoa que questionou o presidente sobre o assunto.
Na terça-feira, o ministro Weintraub disse no Twitter que iria fazer uma consulta aos inscritos no Enem para saber se os estudantes são favoráveis ao adiamento. A consulta seria feita no fim de junho por meio do site do Inep.
Segundo o ministro, os inscritos são os “mais envolvidos, mais interessados” no Enem, portanto, deveriam opinar sobre a data. “Vamos perguntar para quem realmente está fazendo o Enem, deixar eles decidirem”, falou. “Se a maioria topar adiar, a gente adia.”
Pelo calendário inicial do Ministério da Educação, as inscrições para a prova iriam até sexta-feira (22) e os exames seriam realizados em dois finais de semana de novembro: a versão tradicional nos dias 1 e 8, e a versão digital nos dias 22 e 29.
A prova online seria uma forma de auxiliar os alunos em meio à pandemia, mas sua aplicação foi criticada principalmente por englobar apenas 100 mil estudantes.
No último boletim divulgado para a imprensa, na segunda-feira (18), o Inep, entidade do Ministério da Educação responsável pela prova, informou que 3.548.099 alunos haviam efetuado a inscrição, número superior em relação ao mesmo período de 2019, quando havia 3.506.173 inscritos.