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Economia Ministro da Fazenda diz esperar apenas a autorização de Lula para anunciar o pacote de corte de gastos

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Haddad afirmou que não sabe se haverá tempo hábil para o anúncio das medidas nesta semana ou se ficará para a próxima. (Foto: Reprodução)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nessa quarta-feira (13), que o pacote de corte de gastos prometido pelo governo terá um valor expressivo e mira regras sustentáveis para fazer com que o arcabouço tenha uma vigência longa e cumpra o seu objetivo de alcançar o equilíbrio fiscal. O petista afirmou que o presidente da Câmara, Arthur Lira, sinalizou que fará todo o esforço necessário para votar as medidas ainda neste ano. Os dois se reuniram nesta tarde.

O chefe da equipe econômica salientou que fará o anúncio detalhado das medidas assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizar e que ao revelar dará detalhes do impacto do pacote até 2030. “Assim que ele der autorização, nós estamos prontos para dar publicidade aos detalhes.”

A jornalistas no fim da tarde dessa quarta, o ministro ponderou que a reunião com o ministro da Defesa José Múcio foi para apresentar as medidas de ajuste para os comandantes das Forças Armadas. “Falamos com os comandantes do Exército, Marinha, Aeronáutica, apresentamos os argumentos e as ideias”, disse Haddad, que confirmou que as equipes técnicas dos ministérios estão reunidas para discutir as medidas propostas dentro do cronograma estabelecido pelo presidente. “Vamos ver se nós conseguimos, em tempo hábil, incluir mais algumas medidas no conjunto daquelas que já estão pactuadas com os ministérios”, explicou.

Haddad disse que apresentou o pacote de ajuste fiscal em linhas gerais para Lira, já que o deputado conhece muito bem o arcabouço fiscal e a dinâmica de regras. “Ele sabe que, pela dinâmica das despesas, se nós não conseguirmos colocar cada rubrica dentro da mesma lógica, fica difícil sustentar o arcabouço no tempo”, afirmou o ministro.

Sem dar detalhes de valores ou sobre medidas pontuais que compõem o pacote, como a alteração das regras do seguro desemprego ou teto para aumento real do salário mínimo, por exemplo, Haddad disse que o valor é expressivo e que o mais importante é a preservação do arcabouço fiscal. “Mais importante é conceito que nós utilizamos para fazer prevalecer essa ideia de que as coisas devem, as rubricas devem, todas elas no nível possível ir sendo incorporadas a essa visão geral do arcabouço fiscal para que ele seja sustentável no tempo”, ponderou o petista, que também ressaltou ainda que o presidente da Câmara, assim como o presidente do Senado, conseguem perceber que é necessário esse tipo de condução para que as regras fiscais ganhem credibilidade.

Haddad disse que essa tese foi exposta aos outros ministros durante as reuniões com as pastas e que embora tenham tido reações diferentes, entenderam a necessidade de dar sustentabilidade ao arcabouço. “Foram, evidentemente, submetidos a essa ideia, reagiram de várias maneiras, mas todos compreenderam a necessidade de nós termos sustentabilidade nos próximos anos. E, se depender de mim, essa arquitetura, ela deve ser uma arquitetura de longo prazo no Brasil”, salientou.

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