O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (21) que o governo passará as próximas semanas “mergulhado” exclusivamente na tarefa de aprovar a reforma tributária na Câmara dos Deputados.
Segundo ele, muitos parlamentares desejam aprovar a PEC antes do recesso, “alguma coisa antes do dia 10 de julho”. O recesso parlamentar vai de 18 a 31 de julho. Em sua fala, durante o evento sobre a reforma promovida pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o grupo Esfera, o ministro explicou sobre o valor do fundo de desenvolvimento regional, que será criado no âmbito da reforma.
Ele adiantou que este assunto ainda está em negociação e, por esse motivo, não poderia antecipar valores. Mas, frisou que o instrumento não será empecilho para o avanço da reforma.
“Se nós tivermos que criar um fundo de desenvolvimento regional para garantir a reforma, ele, evidentemente, se paga, porque se tem tantas inconsistências no nosso sistema, que garante um crescimento econômico mínimo para a economia brasileira.”
Haddad disse que o País está em um momento especial da economia brasileira. “Se nós continuarmos dando os passos certos, podemos entrar num ciclo de desenvolvimento sustentável no país depois de muitos anos de crescimento pífio, de dificuldade de atender as necessidades da população e de necessidade de criar um ambiente de negócios mais favorável para os empreendedores brasileiros.”
O ministro pontuou que o Brasil está em um momento em que não tem alternativa à reforma tributária. “Chamar de sistema o nosso sistema tributário, é um elogio. Ele não tem nada de sistemático. Está atrapalhando a vida do empresário e atrapalhando a vida dos governantes.”
O fundo será discutido em reunião esta semana convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com governadores. Lira, que também participa do evento, disse que a reforma tributária será levada à votação na Câmara na semana de 3 de julho.