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Rio Grande do Sul “Não faz sentido considerar a tragédia no RS na política monetária”, diz o ministro da Fazenda

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Haddad comentou a ata da última reunião do Copom que traz detalhes sobre a decisão de interromper o ciclo de corte de juros.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nessa terça-feira (25) que a pressão inflacionária decorrente das enchentes no Rio Grande do Sul, citadas na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) como fonte de preocupação, afetam a inflação de curto prazo.

A Selic é a taxa básica de juros e, por conta disso, influencia diretamente todas as outras taxas da economia brasileira.

“E o horizonte do BC [Banco Central] é de mega e longo prazo. Não faz muito sentido levar em consideração o que está acontecendo em função do Rio Grande do Sul para fins de política monetária, porque o juro de hoje está afetando 12, 18 meses para frente”, declarou o ministro.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu, por unanimidade, interromper o ciclo de corte dos juros básicos da economia – que vinha desde agosto do ano passado. A taxa Selic foi mantida em 10,50% ao ano.

Na ata da reunião, divulgada nesta terça, o Copom avaliou que “eventuais ajustes futuros” na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, “serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

Questionado se isso significa uma indicação de que a taxa Selic pode subir nos próximos meses, para tentar conter o crescimento das expectativas de inflação, o ministro da Fazenda avaliou que o documento trata apenas da interrupção do processo de queda do juro.

“Eventuais ajustes se for necessário. Sempre vai acontecer, né? O que é importante frisar é que a diretoria [do BC] fala numa interrupção do ciclo [de redução dos juros]. E me parece que essa é uma diferença importante a ser salientada, tá bom”, afirmou Haddad.

Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o Banco Central sobre a decisão de manter a taxa Selic em 10,5% ao ano.

Em entrevista para a rádio “Verdinha”, de Fortaleza (CE), Lula lamentou os juros e falou que quem perde é o povo brasileiro.

“Foi uma pena que o Copom manteve os juros porque quem está perdendo é o povo brasileiro. Quanto mais alto os juros, menos dinheiro sobra para a gente investir aqui dentro [do Brasil]. A decisão do BC não foi investir no povo brasileiro, foi investir no sistema financeiro, nos especuladores que ganham dinheiro com juros”, disse Lula.

Em análise divulgada nesta terça, o Itaú avaliou que a ata do Copom trouxe, como esperado, “o racional para o fim do ciclo de flexibilização e, acertadamente, reforçou a mensagem de unanimidade na decisão”.

Disse, ainda, que, ao abordar o balanço de riscos para a inflação, “o tom das autoridades foi um pouco mais duro”. “Por ora, seguimos com a visão de que o Copom manterá a taxa Selic inalterada em 10,50% a.a. durante todo o horizonte de política monetária [de seis a 18 meses]. Mas nada nesta ata sugere que o próximo movimento da Selic será de queda”, avaliou o Itaú, em comunicado.

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