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Ministro da Fazenda diz que o governo fará revisão da tabela do Imposto de Renda para corrigir faixa de isenção

“Nós vamos fazer uma nova revisão neste ano, até por conta do aumento do salário mínimo", disse Haddad. (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal fará uma revisão da tabela do Imposto de Renda para corrigir a faixa de isenção.

“Nós vamos fazer uma nova revisão este ano, até por conta do aumento do salário mínimo. O presidente [Lula] já pediu uma análise para acertarmos a questão da faixa de isenção”, disse o ministro em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (22).

O governo corrigiu a faixa de isenção do imposto no ano passado para incluir quem ganhava até dois salários mínimos. Com o reajuste do piso nacional neste ano, porém, os trabalhadores com essa faixa de renda voltaram a pagar o tributo.

Haddad afirmou ainda que diminuir impostos sobre o consumo e aumentar a taxação sobre a renda para manter a carga tributária estável “é uma saída interessante”, mas dependeria da vontade do Congresso.

Aprovada no ano passado, a emenda constitucional da reforma tributária tem uma série de dispositivos que precisam ser regulamentados por leis específicas.

Os projetos serão apresentados neste ano, quando o Congresso terá atividade mais restrita por conta das eleições municipais, o que pode adiar o plano do governo de fazer a reforma ampla do Imposto de Renda.

Na entrevista, Haddad também disse que espera uma decisão final sobre o tema da desoneração da folha salarial até a próxima semana e defendeu o fim gradual do benefício.

“Ninguém vai dar murro em ponta de faca. O que o governo quer é sentar e discutir um princípio justo que faça sentido para o País, e vamos construir a saída também juntos”, afirmou.

O ministro voltou a rejeitar a existência de um acordo entre o governo e o Legislativo para resolver o impasse em torno do benefício após declaração nesse sentido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Depois que o Congresso derrubou o veto de Lula e manteve a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos até 2027, o governo editou, no fim do ano passado, uma MP (medida provisória) que estabelece a reoneração, mantendo benefício parcial sobre valores equivalentes a um salário mínimo.

A medida, no entanto, é alvo de críticas de parlamentares, que pedem a retomada integral do benefício.

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