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Política Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad diz que o mundo amanheceu tenso com a vitória de Trump, mas pondera que há uma distância entre discursos de campanha e o que efetivamente será feito

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"Na campanha foram ditas muitas coisas que causam a apreensão não só no Brasil, mas no mundo inteiro", disse Haddad. (Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nessa quarta-feira (6) que o mundo “amanheceu mais tenso” com a vitória do candidato republicano Donald Trump na corrida pela Presidência dos Estados Unidos, mas ele ponderou que há uma distância entre discursos de campanha e o que efetivamente será feito na economia.

“Na campanha foram ditas muitas coisas que causam a apreensão não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, causam apreensão nos países endividados, na Europa. Então, o dia amanheceu, no mundo, mais tenso em função do que foi dito na campanha”, argumentou.

“Mas entre o que foi dito, e o que vai ser feito – pois isso já aconteceu no passado – as coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas, e o discursos pós-vitória oficiosa, não é oficial ainda, mas após os primeiros resultados, já é um discurso mais moderado do que o da campanha”, emendou o ministro.

Trump, de 78 anos, venceu as eleições de terça (5) ao garantir votos suficientes para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos. A vitória foi anunciada por volta das 7h30 dessa quarta, após Trump garantir os 270 delegados necessários para ter sua vitória declarada pela agência de notícias Associated Press. Diversos líderes mundiais e personalidades cumprimentaram Trump, dentre os quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesse mesmo contexto, Haddad comentou sobre o impacto da eleição americana no Brasil.

“Temos de cuidar da nossa casa qualquer que seja cenário externo. Desde o ano passado, alerto para cautela interna diante do cenário externo”, declarou o ministro, que identificou um “fenômeno de extrema direita crescente no mundo”, que “não é de agora”. “A democracia vai continuar resistindo”, declarou.

Mais cedo, o presidente Lula parabenizou Trump pela vitória em uma mensagem publicada em uma rede social. O petista desejou sorte e pregou diálogo e trabalho conjunto pela paz.

“Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo”, afirmou Lula.

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