O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (6) que o dia “amanheceu mais tenso” com a vitória do candidato republicano Donald Trump na disputa pela presidência dos Estados Unidos. No entanto, ponderou que há uma distância entre discursos de campanha e o que efetivamente será feito na economia.
“Na campanha, foram ditas muitas coisas que causam apreensão não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, causam apreensão nos países endividados, na Europa. Então, o dia amanheceu, no mundo, mais tenso em função do que foi dito na campanha”, argumentou Haddad.
“Mas, entre o que foi dito e o que vai ser feito — pois isso já aconteceu no passado —, as coisas, às vezes, não se traduzem da maneira como foram anunciadas, e o discursos pós-vitória já é um discurso mais moderado do que o da campanha”, emendou o ministro.
Haddad comentou sobre o impacto das eleições norte-americanas no Brasil: “Temos de cuidar da nossa casa qualquer que seja o cenário externo. Desde o ano passado, alerto para cautela interna diante do cenário externo”, declarou o ministro, que identificou um “fenômeno de extrema direita crescente no mundo” que “não é de agora”. “A democracia vai continuar resistindo”, declarou.
Trump, de 78 anos, venceu as eleições de terça-feira (5). O resultado do pleito foi anunciado por volta das 7h30min desta quarta (6).