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Economia Ministro da Fazenda se diz otimista e projeta alta de 2% do PIB neste ano

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Fernando Haddad afirmou que, em cinco meses, "governo Lula já fez muito" e que desarranjo das contas públicas é o que "pode trazer problemas pra sociedade". (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Em entrevista à GloboNews nessa sexta-feira (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre as estimativas para o desempenho do Produto Interno Bruno (PIB) em 2023. Cálculos recentes de crescimento da economia brasileira, inclusive os que são feitos pelo Banco Central, têm superado as projeções do mercado financeiro.

“Nós estamos voltando à normalidade e vamos crescer mais do que as pessoas imaginam. Quando eu digo as pessoas, de mercado. Estão projetando crescimento ainda de 1,1%, 1,2%. Isso não vai acontecer. O Brasil vai crescer 1,7, 1,8%. E os mais otimistas, como eu, dizem que o crescimento pode bater em 2% esse ano”, afirmou Haddad.

Haddad também falou que o governo “está corrigindo loucura que foi feita ano passado”. “Em cinco meses, já fizemos muito e continuaremos a fazer. O que pode trazer problemas pra sociedade é desarranjo das nossas contas.”

Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A atividade teve grande impulso do setor de serviços, o principal da economia brasileira, que acelerou principalmente no primeiro semestre. Estímulos fiscais dados à economia impulsionaram os números, junto com o chamado “efeito reabertura”, em que o retorno a bares, restaurantes, salões de beleza, turismo e outras atividades provocou um aumento expressivo do consumo.

Inflação

Ainda nessa sexta, Haddad afirmou que a inflação no Brasil pode chegar a 5,5%, mas jamais chegará novamente ao que ocorreu no passado recente, quando superou os 10%.

Em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – o indicador oficial de inflação no Brasil – registrou inflação de 10,06%, bem acima da meta de 3,75% perseguida naquele ano pelo Banco Central.

Carros

O ministro da Fazenda também disse que as medidas de estímulo ao setor automotivo estudadas pelo governo terão custo menor do que R$ 8 bilhões. Esse montante tem sido estimado por economistas no mercado financeiro após o anúncio do Planalto nesta semana.

Haddad rejeitou esse cálculo e disse que o programa para tentar baratear carros será “temporário”.

“Nem passa perto disso, não teríamos nem condições de acomodar. Estamos discutindo quantos meses ele [o programa] vai durar, em função das contas que estão sendo feitas até o domingo pela área técnica do Ministério do Desenvolvimento e pelo nosso, para que a gente leve para o presidente uma conta bem feita”, disse o ministro, em entrevista à GloboNews em São Paulo.

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