Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de dezembro de 2023
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai interromper suas férias em janeiro por dois dias para participar da cerimônia marcada para lembrar os ataques aos prédios das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 e reforçar compromissos com a democracia.
Inicialmente, o ministro teria um período de descanso de 2 a 12 de janeiro. Contudo, um novo despacho, publicado nessa quinta-feira (28) no Diário Oficial da União, informa que o ministro irá tirar férias de 2 a 7 de janeiro e de 10 a 12 de janeiro.
A previsão é de que, com a interrupção, Haddad possa marcar presença no ato do dia 8 de janeiro, que foi anunciado recentemente pelo ministro da Justiça e Segurança Pública e futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.
Segundo Dino, a cerimônia vai ocorrer às 15h, no Senado. O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, são esperados para o evento.
Monitoramento diário
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, afirmou nesta semana que o governo organiza uma operação de segurança com monitoramento diário para investigar a eventual chegada de manifestantes anti-democráticos para o 8 de janeiro. O número dois da pasta disse, porém, que não há nenhuma informação concreta sobre “atos agressivos”.
“Manifestações políticas são bem-vindas e fazem bem à democracia, mas por precaução nós já estamos preparando uma operação de segurança exemplar, porque vamos ter os presidentes dos Três Poderes constituídos e governadores”, afirmou Cappelli, referindo-se à solenidade prevista para a data.
Segundo Cappelli, o objetivo da cerimônia deste ano é de celebração democrática, “para festejar o fortalecimento da democracia brasileira após aqueles atos inaceitáveis”. A data terá um sistema de “monitoramento compartilhado” e contará com a presença dos presidentes dos Três Poderes e de governadores.
“O monitoramento é diário e compartilhado, com PF (Polícia Federal), Secretaria Nacional de Justiça, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A mudança é que hoje nós temos um secretário (de Segurança Pública do Distrito Federal) que é delegado respeitado e que trabalha em absoluta cooperação. Não temos mais um secretário de Segurança Pública do DF ligado diretamente com o golpismo”, declarou Cappelli, lembrando as acusações contra Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro que passou cerca de quatro meses atrás das grades por suspeita de conivência com os ataques.