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Ministro da Fazenda volta a defender “ajuste na comunicação” para o dólar cair

. (Foto: Fazenda/Divulgação)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender “ajuste na comunicação” como forma de fazer o dólar recuar. O pico da moeda norte-americana chegou a R$ 5,69 na manhã desta terça-feira (02). É o maior patamar desde 10 de janeiro de 2022, quando o patamar mais elevado foi a R$ 5,67.

“Ajuste na comunicação, tanto em relação a autonomia do Banco Central, como o presidente [Lula] fez nesta terça-feira de manhã, quanto em relação ao arcabouço fiscal. Não vejo nada fora disso: autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal, é isso que vai tranquilizar as pessoas. É uma questão mais de comunicação do que qualquer outra coisa”, disse à jornalistas na portaria do ministério da Fazenda nesta quarta.

Haddad também confirmou a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para esta quarta-feira (03) que vai tratar da agenda fiscal e apresentar para ele propostas para cumprimento do arcabouço para 2024, 2025 e 2026.

Na noite desta segunda-feira (1º), Haddad já havia comentado sobre a disparada do dólar, que fechou o dia sendo negociado em R$ 5,65. Segundo ele, há “muito ruídos” na comunicação do governo e necessidade de se comunicar melhor os resultados econômicos do país.

Na manhã desta terça-feira, em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse estar preocupado com a disparada, mas que “há um jogo de interesse especulativo contra o real” e admitiu que o governo “tem que fazer alguma coisa”.

Nas últimas semanas, a moeda norte-americana tem acumulado uma série de ganhos ante o real, uma vez que os investidores seguem preocupados com o rumo das contas públicas brasileiras.

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