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Política Ministro da Justiça diz que redes sociais derrubaram 756 perfis após violência nas escolas

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Ministro da Justiça disse que 225 pessoas já foram presas ou apreendidas, no caso de menores de idade, em investigações sobre ameaças de ataques em escolas

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Dino lembrou que o inquérito foi iniciado antes do início do governo Lula. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse, nesta terça-feira (18), que 225 pessoas já foram presas ou apreendidas, no caso de menores de idade, em investigações sobre ameaças de ataques em escolas em 10 dias de operação, com 1.224 casos sendo investigados.

Em discurso durante reunião sobre violência nas escolas com chefes de Poderes, parlamentares e ministros no Palácio do Planalto, Dino também afirmou que cerca de 756 perfis já foram removidos de redes sociais por promoção do ódio e afirmou que os ataques às escolas são estimulados por “uma rede criminosa”.

Desde o ataque a uma escola em Blumenau (SC), que matou quatro crianças em 5 de abril, o governo criou um sistema para receber denúncias. Segundo Dino, 7.473 denúncias chegaram ao canal no período, e ele comemorou que o ritmo de novos alertas tenha caído nos últimos dias.

De acordo com o balanço do ministro, foram contabilizados 1.595 boletins de ocorrência relacionados ao tema em todo o Brasil, com 694 adolescentes sendo intimados a prestar depoimento. Segundo ele, os números mostram que não se trata de casos isolados, mas de uma “epidemia”.

“Temos algumas datas a percorrer e é importante que esse trabalho continue e que haja a intensificação da mobilização com os comitês estaduais de segurança nas escolas”, afirmou o ministro.

Antes de Dino, foi a vez do responsável pela pasta da Educação, Camilo Santana, discursar na reunião no Planalto, convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Santana anunciou o repasse de recursos a escolas e o lançamento de um edital para a formação continuada de professores, com participação em universidades, além de uma parceria com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para atividades de justiça restaurativa nas instituições –quando vítima e agressor participam da resolução do conflito, com ajuda de um facilitador.

A reunião convocada por Lula acontece em meio a uma onda de temor de novos atentados nas escolas. Além de governos, entidades educacionais em todo o país também estão promovendo medidas adicionais de proteção e segurança dentro e fora das salas de aula para lidar com o medo de novos ataques.

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