Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Saúde Ministro da Saúde critica governadores por não exigirem prescrição médica para vacinar crianças

Compartilhe esta notícia:

Segundo Queiroga, "os Estados têm que se manifestar na consulta pública"

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Segundo Queiroga, alívio de todas as restrições ainda "depende de uma série de análises". (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou nesta quarta-feira (29), Estados que decidiram não exigir prescrição médica para vacinação de crianças contra a Covid-19. “Pelo que eu saiba, a grande maioria deles não são médicos”, disse.

Na semana passada, após reunião entre os secretários estaduais de Saúde, o Conass (Conselho Nacional de Secretarias de Saúde) divulgou uma “carta de Natal às crianças do Brasil”, na qual afirma que não pedirá o documento.

Segundo Queiroga, “os Estados têm que se manifestar na consulta pública”. O ministro se referiu à consulta pública aberta pelo Ministério da Saúde sobre a exigência de prescrição médica e a obrigatoriedade da imunização. A iniciativa foi criada em um formulário fora de plataformas do governo federal, que chegou a apresentar instabilidade, tinha perguntas dúbias e não trazia validação de dados, como CPF.

“Governadores falam em prescrição, prefeitos falam em prescrição, não ter uma prescrição”, disse Queiroga. “Então, eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais.”

A vacinação das crianças é um tema que enfrenta dura resistência do presidente Jair Bolsonaro e de sua base ideológica. Bolsonaro entrou em conflito com técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), após dizer que divulgaria os nomes dos servidores que autorizaram a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

O presidente afirmou também que as mortes de crianças por Covid-19 não justificam a adoção de uma vacina contra a doença e informou que não vai imunizar sua filha Laura, de 11 anos.

Queiroga tem se mantido alinhado ao presidente e chegou a falar em “liberdade” na vacinação. Na manhã desta quarta-feira, o ministro da Saúde declarou que a imunização das crianças é “um assunto já pacificado”.

“A recomendação do ministério está aí para que todos os brasileiros tomem conhecimento, para que toda a sociedade civil possa se manifestar. A consulta pública é um instrumento da democracia, amplia a discussão sobre o tema, trará mais tranquilidade para os pais para que eles possam levar seus filhos para a sala de vacinação livremente para imunizar contra a Covid-19”, disse.

Apesar da postura do ministro, a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde elaborou uma nota técnica em que reforça a segurança da aplicação das vacinas em crianças. “Antes de recomendar a vacinação da Covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, escreveu a chefe da pasta, Rosane Leite de Melo.

Questionado sobre a saúde de Bolsonaro, que teve contato com o deputado federal Coronel Armando (PSL), o ministro disse que o presidente “está ótimo”. O parlamentar testou positivo para Covid-19 um dia após se encontrar com Bolsonaro.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Saúde

Projetos licenciados pela prefeitura de Porto Alegre batem recorde neste ano e ultrapassam R$ 16 bilhões
Entregas do Cartão Cidadão seguem normalmente até esta quinta-feira
https://www.osul.com.br/ministro-da-saude-critica-governadores-por-nao-prescricao-medica-para-vacinar-criancas/ Ministro da Saúde critica governadores por não exigirem prescrição médica para vacinar crianças 2021-12-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar