Responsável pela pasta que irá bancar a propaganda do governo federal de combate à gravidez precoce, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, diverge da colega Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) sobre qual deve ser o foco da campanha.
Para ele, a pregação de que os adolescentes devem pensar duas vezes antes de transar é ineficaz e não pode ser a única política de enfrentamento do problema. Damares tem defendido a abstinência sexual como principal lema da ação.
“A mensagem do comportamento responsável é válida. É uma vida, é o afastamento da escola. Mas não se pode minimizar a discussão e dar ênfase só para isso. É um problema complexo. Tenho apostado muito em informar as consequências porque acredito que esse seja um ponto essencial para a conscientização”, disse o ministro em entrevista à Coluna Painel.
“As campanhas falarem sobre isso [iniciação sexual tardia], eu não vejo problema. O que não pode é que essa seja a nossa única política. Não pode ser nem a única, nem a principal”, declarou.
Mandetta afirmou ainda que questões religiosas não devem pautar a discussão.