Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de julho de 2022
Ministro Marcelo Queiroga classificou suspeitas como “narrativa que não se sustenta”
Foto: Geraldo Magela/Agência SenadoO ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, classificou como “uma narrativa que não se sustenta” as suspeitas levantadas contra seu filho, Antônio Cristóvão Neto, 23 anos.
Segundo o jornal O Globo, Queiroguinha, como Neto é conhecido, esteve ao menos 30 vezes no Palácio do Planalto e no Ministério da Saúde desde fevereiro deste ano, quando se lançou pré-candidato a deputado federal pela Paraíba.
Em alguns momentos, ele teria levado consigo prefeitos e políticos paraibanos. Ainda de acordo com O Globo, o filho do ministro se valeria de seu acesso ao gabinete do pai para intermediar pedidos de recursos financeiros encaminhados por municípios da Paraíba para, assim, angariar apoio político a sua candidatura.
“Isto é piada. Todos os recursos que saem do ministério são avaliados pela equipe técnica. Duvido que eles [secretários e gestores de contratos] coloquem seus CPFs para liberar recursos de maneira imprópria”, disse Queiroga ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados.
“Qual o problema de um filho visitar o pai no seu local de trabalho?”, questionou o ministro, ao responder às perguntas de parlamentares das comissões de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC); de Defesa do Consumidor (CDC); de Seguridade Social e Família (CSSF); de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) e de Defesa dos Direitos da Mulher (Cmulher).
“Ajo dentro da lei. Tenho a consciência tranquila. O Ministério Público Federal pode investigar. Não há nenhum centavo de recurso público liberado sem avaliação técnica. Meu filho é filiado a um partido político, o Partido Liberal [PL]. Estamos em uma época de pré-campanha. E, tal como os senhores, ele tem o direito de assumir compromissos em nome de sua população. [Que o] julgue a população da Paraíba. Mas em nome do governo [federal] ele não fala”, acrescentou Queiroga.