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Política Ministro das Relações Institucionais minimiza derrotas no Congresso e diz que Planalto “não se surpreendeu”

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Segundo ele, o governo tem “noção” da realidade conservadora do Parlamento.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Segundo ele, o governo tem “noção” da realidade conservadora do Parlamento. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou nesta segunda-feira (3) as derrotas sofridas pelo Palácio do Planalto nos últimos dias no Congresso Nacional e disse que o governo “não se surpreendeu” com nenhum revés.

A declaração foi feita após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com líderes do governo.

Na semana passada, o governo saiu vencido com a derrubada ao veto sobre a restrição da saída temporária de presos em feriados, conhecida como “saidinha”.

Além disso, o governo teve que aceitar a manutenção de um veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impede a punição a atos de “comunicação enganosa em massa”.

“Nada do que aconteceu no Congresso Nacional surpreendeu os articuladores políticos do governo”, afirmou Padilha.

Segundo ele, o governo tem “noção” da realidade conservadora do Parlamento e, por isso, tem buscado atuar na aprovação de projetos voltados às áreas econômicas e sociais.

“O governo sempre foi muito realista. Desde o ano passado, o que nós sempre apresentamos ao Congresso Nacional é uma pauta centrada no avanço econômico e social. Nós temos noção da realidade do perfil do Congresso Nacional, que espelha o que foi o pensamento do Brasil no dia das eleições”, completou o ministro.

Mudança na articulação

Após o fracasso, Lula quer passar a ter um contato mais direto com os líderes de seu governo, e não apenas com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha – responsável pela articulação política do Executivo.

Segundo interlocutores, a ideia do presidente é tornar esses encontros diretos uma rotina.

O plano é também reunir, além das lideranças de governo, bancadas dos partidos aliados na Câmara dos Deputados e no Senado, como PT, PSOL e PSB.

Em um segundo momento, a ideia seria marcar agentes com partidos com espaço na Esplanada dos Ministérios, como MDB, PSB e União Brasil.

De acordo com Alexandre Padilha, Lula, que já se reuniu em outras ocasiões com líderes e vice-líderes de bancadas do Congresso, está à disposição para refazer esses encontros.

Além de Padilha, também participaram do encontro desta segunda: Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso; Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara; Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil; e Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda.

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