Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2023
O ministro do Esporte, André Fufuca, indicou Antonio Paulo Vogel de Medeiros para ser seu número 2 no comando da pasta. A nomeação de Vogel como secretário-executivo foi publicada nessa terça-feira (7) no Diário Oficial da União.
Antonio Paulo Vogel de Medeiros foi secretário-executivo do Ministério da Educação em 2019, e assumiu o comando interino da pasta com a saída de Abraham Weintraub do governo. Além disso, participou do grupo de transição do ex-presidente e atuou também como secretário-adjunto da Casa Civil.
Antes de atuar na gestão Bolsonaro, Vogel passou por governo petista, e trabalhou como secretário-adjunto de Finanças de Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, enquanto ainda era prefeito de São Paulo.
O novo número 2 de Fufuca é formado em economia e direito e tem pós-graduação em administração financeira.
Fufuca, que é deputado do PP no Maranhão, assumiu o ministério no lugar de Ana Moser, demitida para acomodar o Centrão no primeiro escalão e aumenta o apoio ao governo no Congresso Nacional.
Sua cerimônia de posse contou com a presença de deputados bolsonaristas, como Maurício de Souza (PL-MG) e Otoni de Paula (MDB-RJ). Apesar e Lula e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, não terem participado do evento, pelo menos nove ministros compareceram.
Vogel afirmou à CNN Brasil ser técnico, e argumentou que não cabe a ele falar sobre minúcias da política.
“Se o cara é do partido A, do partido B, isso é uma questão da política. Sou técnico. Eu vou trabalhar onde eu for convidado e tiver uma proposta boa e séria de trabalho”, disse.
Auditor de carreira do Tesouro Nacional desde 1998, Vogel ocupou cargo de gestão desde 2007, mas ganhou destaque no governo Bolsonaro. Na época, ele chegou a assumir interinamente o Ministério da Educação quando o ex-ministro Abraham Weintraub foi exonerado em 2020.
“Sou técnico”
“O servidor de carreira existe para dar institucionalidade ao serviço público. O ministro Fufuca buscou um técnico para ajudar a tocar a máquina. A política é com ele, eu não sou político. Sou técnico. Faço meu trabalho de gestor muito bem em todos os lugares em que passei”, disse.
Vogel ganhou a confiança no entorno de Bolsonaro no governo de transição quando era secretário de Gestão do Ministério do Planejamento do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Com a proximidade, assumiu o cargo de secretário-executivo adjunto da Casa Civil logo no início do governo Bolsonaro.
Depois, ele se tornou secretário-executivo da Educação na gestão de Abraham Weintraub. Quando o então ministro deixou o governo, Vogel ficou à frente da pasta até Bolsonaro indicar um novo nome para o ministério.
Na ocasião, Vogel chegou a ser defendido para permanecer no posto, mas era chamado de “petista” por bolsonarisas do governo. Por último, ocupou o cargo de secretário de Orçamento no Ministério da Defesa.
“Sou um servidor público de carreira, a minha função é fazer meu trabalho da melhor maneira possível porque eu sirvo ao Estado brasileiro. Se eu tenho chefe que está disposto a trabalhar e está disposto a fazer um trabalho de qualidade e quer uma pessoa auxiliando ele a conduzir a máquina do ministério, eu vou aceitar”, disse Vogel.
O novo número 2 do Ministério do Esporte é economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e advogado pela Universidade de Brasília (UnB), com mestrado em administração pública no Brasil e nos Estados Unidos.
Vogel também foi secretário-adjunto de Fazenda da cidade de São Paulo no governo Fernando Haddad (PT), entre 2013 e 2014. Em 2015, ele foi secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização no Distrito Federal no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB).
No ano seguinte foi superintendente-executivo da Secretaria de Fazenda de Goiás na gestão de Marconi Perillo (PSDB).