Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de março de 2024
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou soltar os coronéis Fábio Augusto Vieira, Klepter Rosa e Marcelo Casimiro, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), réus pelos atos do 8 de Janeiro.
Na decisão, Moraes concede liberdade provisória com algumas medidas cautelares, como a proibição de se ausentar do Distrito Federal (DF) e recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana.
Além disso, eles deverão utilizar tornozeleira eletrônica e, para ter não ter a liberdade suspensa, deverão comparecer todas as segundas-feiras no Juízo da Vara de Execuções Penais do DF.
Dentro da decisão, o magistrado determina, também, a proibição de se ausentar do País e a suspensão imediata do porte de arma de fogo e a proibição de se comunicar com outros envolvidos.
Denúncia
Os três policiais, ao lado de outros oficiais da PMDF, foram alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) em agosto do ano passado. Eles são réus desde fevereiro deste ano.
Na denúncia assinada pelo coordenador do Grupo Estratégico dos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República (PGR), Carlos Frederico Santos, o procurador revela que existia uma rede de desinformação entre os membros do alto comando, com o repasse de mensagens falsas que colocavam em xeque a lisura do processo eleitoral brasileiro.
Em uma delas, a dois dias do segundo turno das eleições de 2022, Klepter Rosa enviou uma mensagem, sem nenhum contexto, para o então comandante-geral, coronel Fábio Augusto Vieira. Nela, há um áudio editado atribuído ao ex-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), onde deixa explícito que o pleito eleitoral já estaria “armado”, além de que a ordem será “restabelecida”, afastando o ministro Moraes.
Nas mensagens analisadas pela PF e PGR, ao receber esse “informe”, Fábio repassou ao coronel Marcelo Casimiro, ex-comandante do 1° Comando de Policiamento Regional, criando uma rede de desinformação e de mentiras falsas dentro do comando da corporação. No relatório da PGR, as mensagens conspiratórias prosseguiram entre Casimiro e Fábio após as eleições, que elegeram democraticamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.