Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2022
Ministro Alexandre de Moraes (foto) lembrou que horas antes de ser preso Rejane incitou publicamente a animosidade entre as Forças Armadas e os demais Poderes
Foto: Rosinei Coutinho/STFO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes manteve, nesta sexta-feira (11), a prisão preventiva de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, investigado por ataques à Corte, aos respectivos magistrados e a políticos de oposição.
Rejane aparece em um vídeo ameaçando ministros do Supremo e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Em um dos trechos da gravação, ele ameaça “pendurar” os ministros “de cabeça para baixo” e convoca outras pessoas para invadirem o Supremo e colocar os magistrados para fora do Brasil.
Para o ministro, o andamento da investigação e o atual momento do País — com algumas manifestações antidemocráticas reivindicando golpe militar em frente a quartéis — mantêm a recomendação prisão. Moraes lembrou que horas antes de ser preso Rejane incitou publicamente a animosidade entre as Forças Armadas e os demais Poderes, entre eles o Judiciário.
Além disso, Moraes determinou à Polícia Federal que ouça, no prazo de 30 dias, as seis pessoas que mantiveram contato com o investigado na época dos fatos investigados. A corporação deve, ainda, identificar e ouvir os participantes do grupo de Telegram intitulado “Caçadores de ratos do STF”, diante da suspeita da ocorrência do crime de organização criminosa.
O investigado pediu o relaxamento da prisão preventiva ou a substituição por medidas cautelares. No entanto, Moraes avalia que a gravidade da conduta de Rejane e o risco concreto de “reiteração delitiva” são suficientes para a manutenção da prisão, a fim de garantir a ordem pública. A reportagem busca contato com Rejane e a defesa dele. O espaço está aberto para manifestação.