O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Tribunal), atendeu ao pedido da defesa do pecuarista amigo de Lula José Carlos Bumlai e autorizou que ele fique em prisão domiciliar.
A defesa argumentou que Bumlai foi preso em novembro de 2015 e, em razão do diagnóstico de doença grave (um câncer na bexiga), o juiz federal Sérgio Moro concedeu prisão domiciliar. Mas, em agosto, o magistrado determinou o retorno à cadeia.
Zavascki havia negado liberdade ao pecuarista em outubro, mas a defesa recorreu, pedindo que o ministro reconsiderasse a decisão ou levasse o tema para discussão na Segunda Turma do STF – órgão colegiado que toma decisões sobre a Lava-Jato no tribunal.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, opinou contra o pedido da defesa de Bumlai e disse haver “gravidade concreta” de cometimento de crimes, o que exigia a manutenção da prisão, e o ministro do STF chegou a liberar a ação para julgamento na Segunda Turma, mas reconsiderou o entendimento e decidiu conceder habeas corpus ao pecuarista.
Bumlai foi condenado em setembro por Moro a nove anos e dez meses de prisão em um processo da 21ª fase da Lava-Jato por crimes como gestão fraudulenta e corrupção passiva. Ele está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. (AG)