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Ministro do Supremo determina bloqueio de redes sociais e contas bancárias da mulher do deputado Daniel Silveira

Silveira está proibido de usar as redes sociais, frequentar eventos políticos e deve usar tornozeleira eletrônica. (Foto: Elaine Menke/Ag. Câmara)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (25) o bloqueio de redes sociais e contas bancárias de Paola da Silva Daniel, mulher do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). O ministro também determinou que ela seja ouvida pela Polícia Federal (PF) em cinco dias.

Na decisão, Moraes afirma que Paola ajudou o marido a burlar ordem do Supremo publicando em sua rede social um vídeo de Daniel Silveira atacando o ministro. O deputado está proibido de usar as redes.

“Os perfis criados nas redes sociais se revelam como um artifício utilizado pelo réu Daniel Lúcio da Silveira para reproduzir o conteúdo que já foi objeto de bloqueio nestes autos, burlando decisão judicial. Assim, a utilização das redes sociais de sua esposa, criados com a intenção de se esquivar dos bloqueios determinados, deve ser restringida”, disse o ministro na decisão.

Moraes também afirmou que as redes sociais de Paola são utilizadas por Daniel Silveira “notadamente para a promoção, replicação e compartilhamento de notícias fraudulentas (fake news)”. Ele determinou multa diária de 15 mil reais no caso de descumprimento da decisão.

O ministro também decidiu proibir Paola de criar outros perfis. Em sua conta no Twitter, ela afirmou que “o que está acontecendo é gravíssimo”.

Medidas restritivas

Moraes é relator do processo que condenou Silveira a oito anos e nove meses de prisão. Posteriormente, a pena que foi revogada por meio de indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na última segunda-feira (22), o ministro determinou que a Polícia Federal elabore um relatório detalhado sobre o descumprimento de medidas restritivas pelo deputado.

Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Silveira está proibido de usar as redes sociais, frequentar eventos políticos e deve usar tornozeleira eletrônica.

As medidas foram fixadas no fim de março, antes de o deputado bolsonarista ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal por atos antidemocráticos.

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