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Ministro do Supremo Gilmar Mendes não descarta novos indiciamentos e diz que a “democracia se provou resiliente” após a trama golpista

(Foto: Carlos Moura/STF)

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), não descarta novos indiciamentos no inquérito que apura a tentativa de golpe no Estado no Brasil. Segundo o decano do Supremo, a “democracia se provou resiliente” após a trama golpista revelada pela PF (Polícia Federal).

“É possível [que haja novos indiciamentos], por conta exatamente de haver pessoas presas e indiciadas que serão já agora ouvidas. Certamente virão novas informações. O que se diz é que esse relatório ficou um pouco atrasado em razão de informações últimas que foram colhidas, então é possível que ainda haja desdobramentos”, disse o ministro durante um evento do Fórum de Integração Brasil Europa, em Portugal.

“Eu acho que a democracia se provou resiliente, sólida. Houve respostas e estamos em meio a esse processo. Estamos encerrando uma parte das investigações”, acrescentou. Na avaliação do ministro, os fatos relatados no inquérito de quase 900 páginas elaborado pela PF são “extremamente graves”.

Questionado, Gilmar afirmou que o Brasil não corre mais o risco de um golpe de Estado. Apesar disso, o magistrado acredita que este seja o momento de se fazer reformas para mitigar o risco de um rompimento institucional no país.

“Acho que as coisas estão bem resolvidas. Não significa que nós não devamos fazer reformas para que as chances que demos a isso, por exemplo a militarização da administração, sejam reduzidas”, declarou o ministro.

“Há uma PEC [proposta de emenda à Constituição] no Congresso Nacional sobre essa temática ou despolitização das polícias, que acho que precisa ser votada. Nós precisamos caminhar neste sentido”, completou.

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