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Brasil Ministro do Supremo Nunes Marques diz que sabia que Gusttavo Lima fazia propaganda para bets, mas não de investigações

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"Quase na totalidade das vezes as investigações são sigilosas. O investigado não sabe que está sendo investigado", diz Nunes Marques. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Um dos convidados da festa de Gusttavo Lima, em Mykonos, Grécia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, afirmou na terça-feira (24) que não sabia que o cantor sertanejo era investigado por suposta prática do crime de lavagem de capitais associado a jogos de azar, como apostas esportivas e cassinos online.

Nessa data, já estavam em andamento as investigações da Operação Integration, que resultaram no dia seguinte na prisão da influenciadora digital Deolane Bezerra e de outros investigados. Na mesma data, entre as diligências da operação, foi apreendido, pela Polícia Civil de São Paulo, um avião que pertencia a uma empresa de Gusttavo Lima, a Balada Eventos e Produções.

De acordo com o magistrado, ele sabia que o cantor fazia propaganda para bets, mas não tinha conhecimento da investigação e da suposta participação dele em jogos de azar, conforme afirma a Polícia Civil de Pernambuco. “Cobrar que cada um de nós saiba quem estará num aniversário ou qual dos convidados está sob investigação, é surreal. Na maioria das vezes nem o investigado sabe. Quase na totalidade das vezes as investigações são sigilosas. O investigado não sabe que está sendo investigado. Não tem como saber”, acrescentou.

Marques lembrou que a decretação de prisão de um dos convidados só ocorreu na manhã do dia seguinte ao aniversário do cantor, quando ele não estava mais lá, pois fez apenas um bate-volta de Roma a Mykonos. O ministro estava na Itália para um programa acadêmico.

A festa na Grécia ocorreu no dia 3 de setembro e a operação policial foi deflagrada no dia 4, resultando na prisão de Deolane Bezerra e de outros investigados. Na mesma data, entre as diligências da operação, foi apreendido, pela Polícia Civil de São Paulo, um avião que pertencia a uma empresa de Gusttavo Lima, a Balada Eventos e Produções.

O cantor Gusttavo Lima teve a prisão decretada pela Justiça de Pernambuco. A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro associado a jogos de azar.

O desembargador disse que, ao analisar o relatório policial, constatou que o embarque ocorreu em 1º de setembro, enquanto as prisões preventivas de Rocha Neto e Aislla Rocha foram decretadas em 3 de setembro. “Logo, resta evidente que esses não se encontravam na condição de foragidos no momento do retromencionado embarque, tampouco há que se falar em fuga ou favorecimento a fuga.” O desembargador afirmou que a justificativa de prisão preventiva foi fundada em “ilações impróprias” e “genéricas”. “Desconstituída, assim, de qualquer evidência material a justificar, nesse momento, a segregação cautelar”, escreveu.

“Lastro plausível”

Maranhão também justificou a revogação da prisão por entender que não há “lastro plausível” entre o fato de o artista ter adquirido uma participação de 25% na empresa Vai de Bet com as transações financeiras investigadas.

Também presente na confraternização, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), disse em nota acreditar “que ele [Gusttavo Lima] vai provar sua inocência”. Caiado é amigo do cantor e viajou a convite dele para a Grécia. A nota ressalta que o governador não conhecia os investigados e que não cabe a ele fazer “levantamento da vida pregressa de pessoas que vão aos mesmos eventos que ele”. Segundo ele, o casal não estava no voo que trouxe o grupo de volta ao Brasil e que parou nas Ilhas Canárias para reabastecimento.

Na segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou a revogação da prisão preventiva de 18 suspeitos envolvidos na Operação Integration. Entre eles Deolane Bezerra e o casal Rocha Neto e Aislla Rocha. Por nota, a defesa do cantor diz que a inocência do artista será devidamente demonstrada. As informações são do jornal Valor Econômico.

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