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Ministro do Supremo prorroga investigação sobre suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal

Bolsonaro ao lado do ex-ministro Sérgio Moro, que o acusa de interferir na PF. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou, nesta segunda-feira (08), a prorrogação, por mais 30 dias, do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na autonomia da PF (Polícia Federal).

Relator do caso, o ministro atendeu a um pedido feito pela PF. A solicitação recebeu aval do procurador-geral da República, Augusto Aras. Entre as medidas “pendentes”, a PF quer ouvir Bolsonaro no inquérito. Esse depoimento, se autorizado, só deve acontecer após outras medidas previstas na investigação.

Os investigadores pediram mais prazo porque querem aprofundar as investigações na superintendência da PF no Rio de Janeiro, diante de suspeitas de ingerência de Bolsonaro nas direções regionais da corporação. Os agentes querem analisar inquéritos que envolvem a família do presidente.

A investigação foi autorizada pelo STF em 27 de abril, três dias após o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, pedir demissão do cargo. Na ocasião, Moro disse que Bolsonaro interferiu na PF ao demitir o então diretor-geral da instituição, Maurício Valeixo. Bolsonaro nega a acusação.

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