Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de agosto de 2023
Considerada excessivamente alta pelo governo federal, a Selic é vista como entrave para o crescimento econômico
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilEm evento realizado na B3, a bolsa de valores de São Paulo, nesta quarta-feira (02), o ministro dos Transportes, Renan Filho, considerou que uma eventual queda na taxa de juros do país será “muito positiva” para os futuros leilões de concessões de rodovias no Brasil.
O ministro discursou no Summit Concessões de Rodovias nesta quarta-feira, ao mesmo tempo em que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decide, em Brasília, o futuro dos juros no País.
Considerada excessivamente alta pelo governo federal, a Selic é vista como entrave para o crescimento econômico e operações que envolvem a concessão de crédito e financiamento. No âmbito dos leilões de concessões, isso se torna ainda mais relevante devido ao plano ambicioso do ministério dos Transportes.
Sob o comando de Renan Filho, a pasta prevê a publicação de 35 editais até o final da atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao todo, o setor planeja arrecadar R$ 300 bilhões em investimentos.
Durante sua fala, o ministro reforçou a importância da competitividade nesses leilões, considerando que há uma percepção geral de que as últimas disputas tiveram poucos concorrentes. Como exemplo, ele citou o leilão da rodovia Presidente Dutra, a de maior fluxo no Brasil, que contou com apenas um concorrente.
“A busca por competitividade em leilão deve ser objetivo principal do ministério, da agência e de quem promove o leilão”, reforçou. Renan Filho avaliou que o atual governo, em comparação com a gestão anterior, promove um maior diálogo com os agentes reguladores e com o TCU (Tribunal de Contas da União), proporcionando uma espécie de destravamento de conflitos.
“Deve haver uma relação sólida e madura do poder público com o mercado”, disse. O ministro ainda considerou que o atual ambiente judiciário, político e econômico permite que seja possível “resolver soluções que foram dadas no passado e que estavam desequilibradas”.
Ao comentar sobre os próximos passos da Pasta, Renan Filho ainda avaliou que a construção de uma base mais sólida do governo Lula (PT) no Congresso vai trazer “condições de fazer mudanças ainda mais profundas”.