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Política Ministro interino diz que vai dar mais transparência a repasses de recursos do Ministério da Educação

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Victor Godoy tem perfil gerencial.

Foto: MEC/Divulgação
Victor Godoy tem perfil gerencial. (Foto: MEC/Divulgação)

O ministro interino da Educação, Victor Godoy, divulgou uma carta nesta quarta-feira (30) na qual afirma que atuará “com rigor” para fortalecer mecanismos de transparência da pasta. Godoy disse ainda que vai colaborar com órgãos de investigação e controle.

Ex-secretário executivo da pasta, Godoy assumiu o posto de ministro após a queda de Milton Ribeiro em decorrência de denúncias sobre a influência de pastores no repasse de recursos do MEC. Na carta, Godoy agradeceu ao presidente pela confiança em nomeá-lo para o cargo.

“Ainda, atuarei com rigor para incrementar os mecanismos de transparência e integridade na aplicação dos recursos educacionais, inclusive, colaborando com os órgãos de investigação e controle”, diz o texto.

Na segunda-feira, o ministro Milton Ribeiro foi exonerado do Ministério da Educação e divulgou uma carta na qual afirmava que se afastava da pasta por um senso de “responsabilidade política e patriotismo”.

O jornal Estado de S. Paulo revelou que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura tinham livre acesso ao ministro e atuavam como lobistas, pedindo propina a prefeitos para liberar recursos da pasta. A verba negociada pelos pastores vinha do Plano de Ações Articuladas (PAR), coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Esses recurso são flexíveis e podem ser usados para diversas funções, como compra de veículos, obras, realização de eventos, entre outros.

No documento, Godoy diz que vai priorizar o retorno efetivo dos estudantes às atividades presenciais de forma segura, com a garantia de recuperação da aprendizagem. Ao longo da pandemia, o MEC foi amplamente criticado por não proporcionar acesso dos estudantes à educação durante a suspensão das atividades presenciais.

“O direito à educação para todos será uma prioridade sob a minha gestão, com o combate à evasão e ao abandono escolar, apoiado em políticas de redução das desigualdades regionais, em conjunto com os entes federados”, afirma.

Obras inacabadas

O ministro interino também disse que se esforçará para conclusão de obras inacabadas e paralisadas. Godoy citou que atuará pela fortalecer a alfabetização, o ensino técnico e profissional, formação de professores e a educação superior. Também fixa como meta a implementação do Novo Enem, que deve ser colocado em prática até 2024 com base na reforma do ensino médio.

Exonerações

Após assumir o cargo, nesta quarta, o novo ministro exonerou quatro pessoas, entre elas, Luciano Musse, apontado pelo jornal Estado de S. Paulo como auxiliar dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Musse atuava como gerente de projeto na Secretaria Executiva.

A nomeação de Godoy como ministro interino acalmou as movimentações externas para galgar o cargo no MEC, a leitura foi de que o governo deve deixar o interino no cargo ao menos até a poeira baixar.

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