Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2024
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, pediu a “rápida eliminação” de Yahia Sinwar, anunciado pelo Hamas como novo chefe do grupo terrorista nessa terça-feira (6). “A nomeação do terrorista Yahya Sinwar como o novo líder do Hamas, substituindo Ismail Haniyeh, é mais uma razão convincente para o eliminar rapidamente e apagar essa organização vil da face da Terra”, afirmou Israel Katz.
Yahia Sinwar foi escolhido para chefiar o Hamas após o assassinato de Ismail Haniyeh, morto na quarta (31), em Teerã. Sinwar era o número dois do grupo terrorista e ele já era um dos mais cotados a assumir o posto de chefe após a morte de Haniyeh. Leia mais abaixo sobre quem é Yahia Sinwar.
Sinwar é muito focado nas operações na Faixa de Gaza e ele é apontado como suposto mentor do ataque terrorista de 7 de outubro, que deu início à guerra entre Israel e o grupo terrorista. O paradeiro de Sinwar é desconhecido desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, mas o serviço de inteligência israelense acredita que ele segue em Gaza.
Yahya Sinwar
Atribui-se a ele o planejamento da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, que infiltrou centenas de terroristas armados em território israelense, responsáveis pelo assassinato de pelo menos 1.000 pessoas, a grande maioria civis, e a tomada de 130 reféns.
O atual comandante do Hamas em Gaza passou 23 anos em prisões israelenses, condenado a quatro penas de prisão perpétua, pela morte de dois soldados israelenses e de quatro palestinos considerados espiões de Israel. Foi libertado em 2011, com mais 1.026 prisioneiros palestinos, em troca do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado cinco anos antes pelo Hamas.
Aos 61 anos, Sinwar fala e escreve hebraico fluentemente e declarou que enquanto esteve preso, dedicou-se a estudar o inimigo. Em 2018, durante as negociações para um cessar-fogo com Israel, ele redigiu, à mão e em hebraico, uma mensagem ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, com apenas duas palavras: “risco calculado”.
O premiê israelense concordou, então, em permitir a entrada de ajuda financeira regular do Catar a Gaza, em troca de uma trégua frágil com o Hamas, sem aceder, contudo, a outras exigências, como troca de prisioneiros e levantamento do bloqueio ao enclave.
Nas celebrações do 35º aniversário do grupo islâmico armado, em dezembro passado, quando Netanyahu preparava-se para assumir um novo mandato no comando de uma coalizão com a extrema direita, Sinwar previu um confronto aberto em Israel em 2023. As informações são do G1.